Um adolescente de apenas 15 anos de idade matou e decapitou um bebê de apenas um ano e três meses de idade na colônia indígena de Itanaramí, a sete quilômetros da cidade de Ygatimi, no Departamento de Canindeyú, no Paraguai.
De acordo com o promotor de Justiça Julio Paredes, tanto o bebê, quanto o adolescente, que seria seu tio, são indígenas e que o motivo do fato poderia ter sido uma vingança. Ele acrescentou que a criança não tem sinais de abuso sexual.
“De acordo com nossa hipótese, o garoto agiu sozinho e, como se trata de uma comunidade indígena, esses eventos ocorrem por vingança ou reação a atos ocorridos entre eles”, disse o promotor.
Ele informou ainda que o jovem de 15 anos se aproveitou da ausência da avó para decapitar o sobrinho de um ano e três meses de idade e sem mãe. A cabeça do bebê e o machete usado no crime foram encontrados a poucos metros da casa onde moravam.
O promotor disse que realizou uma busca completa com a ajuda de especialistas em povos nativos. “Outra criança com menos de 12 anos de idade encontrou o corpo e não queria insistir com detalhes porque não tinha um psicólogo com a gente”, disse ele.
O agente disse que o pequeno não há tinha vestígios de violência sexual. Sobre o possível transtorno mental sofrido pelo autor, Paredes pediu para aguardar o relatório médico ser apresentado para confirmar essa informação.
Ele informou ainda que recebeu a informação do crime pouco depois das 22 horas. A primeira pessoa que ouviu foi a avó, que disse que a mãe da vítima tinha morrido há três meses e o bebê, um menino, estava sob os cuidados do tio, um adolescente de 15 anos.
De acordo com os dados recolhidos no local, o assassinato foi consumado diante de outra criança de 12 anos de idade. Próximo ao corpo encontraram um bilhete que dizia algo como “matar porque eu sou Deus”.
Quanto aos crimes cometidos pelos indígenas, o promotor disse que, embora seja um caso de homicídio, os especialistas recomendam, geralmente, sanções menores. Neste caso, trata-se de um crime que poderia ter pena de até 20 anos, no entanto, pode ser emitida uma sentença de entre 10 e 12 anos, dada a forma como vivem e, por isso, o tratamento dos povos indígenas são diferentes.