Um funcionário da segurança privada do Supremo Tribunal de Justiça do Paraguai, um policial falso e um suposto armeiro foram capturados pela polícia em San Lorenzo, sendo interceptados quando começaram uma viagem para Pedro Juan Caballero, onde planejavam vender quatro armas de uso restrito para uma facção criminosa localizada na região de fronteira com o Brasil.
O suposto líder dos “comerciantes” de armas foi identificado como Cabrera, 31 anos, funcionário contratado para ser guarda de segurança no Supremo Tribunal de Justiça do Paraguai, mas que era também ex-sargento do Exército do Paraguai.
O ex-soldado, que aparece como o negociador de armas, foi preso na noite de domingo no centro de San Lorenzo a bordo de um Festiva Ford com placa ATD 852 logo depois que ele deixou, aparentemente, uma casa em que foram armazenadas as armas.
Quase ao mesmo tempo, ele foi interceptado em uma caminhonete Toyota Red Runner, registo AGH 568, conduzida por Richard Matias Quiroga Ramirez, 44 anos, e onde estavam ainda Miguel Alfredo Weigle, 39 anos, supostos cúmplices do ex-militar.
Quiroga, que estava dirigindo a van, tinha em sua posse uma pistola Jericho calibre 40 com uma revista com 10 balas e cuja licença de posse emitida pelo DIMABEL diz que é de um suposto policial, embora esse número foi mais tarde descartada pelos agentes e a divisão do departamento de investigação Crime Central.
Weigle, por sua vez, disse que ele era um armeiro e também carregava uma pistola Bersa 9 milímetros com um carregador com 10 munições.
Novas armas
De acordo com os dados, no porta-malas do veículo foram encontrados três rifles metralhadora semi-automática, calibre 5,56 com dois carregadores de cada um, bem como uma arma semi-automática de calibre 7,62 e dois carregadores.
Todas as armas recuperadas são novos e, aparentemente de origem norte-americana. Os agentes também apreenderam alguns outros itens táticos, dinheiro e celulares dos suspeitos.
O superintendente sênior Ruben Paredes, que liderou a operação, disse que já estava seguindo as faixas do grupo há meses e sabia que durante o último fim de semana eles teriam de viajar para Pedro Juan Caballero para entregar as armas.
O custo de cada rifle seria de cerca de US$ 15 mil e os compradores seriam membros de uma das muitas facções criminosas da região de fronteira. O Supremo Tribunal de Justiça do Paraguai enviou os registros ao Ministério Público.