A Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, desencadeou, nesta terça-feira (06/12), a “Operação Canindé” para desarticular uma quadrilha especializada em crimes de estelionato que agia em Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso.
Com o apoio da Polícia Civil do Mato Grosso, a Deco cumpriu 11 mandados de prisão preventiva, sendo oito em Rondonópolis (MT) e Cuiabá (MT) e três em Campo Grande (MS), além de sete mandados de busca e apreensão nos dois Estados.
Os presos são suspeitos de praticar o crime conhecido como “golpe da arara”, sendo que nesse tipo de crime os golpistas abrem comércios com documentos falsos e usando o nome de pessoa jurídica fazem compras faturadas ou com cheques pré-datados e notas promissórias. Depois frustram os pagamentos e revendem os produtos comprados.
As investigações começaram em julho de 2016, quando investigadores da Deco apuraram que uma organização criminosa, formada por 12 pessoas, usaram documentos falsos para montar uma empresa de fachada em um galão no bairro Itamaracá, na capital sul-mato-grossense.
A partir da construtora de fachada, o grupo conseguiu adquirir maquinários agrícolas fazendo 12 vítimas e causando prejuízos de mais de R$ 2 milhões. A Deco apurou que parte desses produtos estavam em Mato Grosso, onde as buscas foram feitas em Rondonópolis, em uma casa, uma transportadora, um supermercado e uma fazenda.
Neste último local, foram apreendidos maquinários, veículos e um gerador de energia, todos adquiridos por prática criminosa, segundo a polícia. Já em Mato Grosso do Sul, os mandados de busca foram em casas apontadas durante as investigações e um dos três presos foi flagrado furtando energia durante o cumprimento do mandado de prisão.
Todos os presos em Mato Grosso serão recambiados para Campo Grande, onde serão interrogados e indiciados pelos crimes. A Operação Canindé contou com apoio da Polícia Civil de Mato Grosso e da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) que cumpriu os mandados de prisão em Campo Grande. O nome da operação faz referência a arara canindé, uma das espécies de araras mais comuns na região.