Após não conseguir ir para o 2º turno das eleições municipais em Campo Grande, e decidir apoiar Marquinhos Trad, (PSD), o prefeito Alcides Bernal (PP)
vai autorizar, a partir da primeira quinzena de novembro, o aumento na tarifa do transporte coletivo urbano. Hoje, a tarifa é de R$ 3,25, uma das mais caras do Brasil, e, depois do dia 15 de novembro, deve se tornar a mais salgada do País, chegando a R$ 4,00.
Como Marquinhos Trad disse ao receber o apoio de Bernal após o primeiro turno. “Ele não me pediu nada a não ser continuar o trabalho que vem sendo feito”.
Trabalho? Você acredita que vai ter ar condicionado no transporte? GPS? entre outras demagogias?
Bem, a se julgar pelo preço das tarifas nas alturas, o transporte está muito o usuário deveria ser pego “em casa”.
Um absurdo. E porque eles esperaram só agora para anunciar o aumento e não o fizeram durante a campanha eleitoral passada.
Simples. Para enganar você, eleitor. Vai vendo.
Segundo fontes ouvidas pelo Blog do Nélio, tudo indica que os Campo-grandenses correm risco de ter de arcar com um dos maiores aumentos dos últimos cinco anos em decorrência da inflação acumulada no período. Alguns itens que compõem a planilha de custeio do transporte coletivo urbano, documento que baseia o cálculo do reajuste, ainda precisam ser definidos pare que se chegue a um valor, mas um deles é o reajuste dos salários dos trabalhadores.
A presidente da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos e Delegados de Campo Grande), Ritva Vieira, já concedeu entrevistas para esclarecer que vai incluir o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) referente ao mês de outubro no cálculo e alíquota ainda precisa ser fechada. O INPC acumulado de setembro de 2015 até o mesmo mês deste ano foi de 9,15% e este é um dos índices usados para calcular a inflação do período.
A Agereg faz os estudos e define o quanto os usuários vão gastar com a passagem de ônibus, mas o reajuste depende de um decreto do prefeito. Para Ritva, está quase descartada a hipótese de congelamento ou redução na tarifa. “Tudo indica que haverá aumento sim, até pela questão inflacionária”, disse sem dar informações mais específicas sobre o valor.
Por meio da assessoria de imprensa, o Consórcio Guaicurus, formado pelas empresas que operam o sistema de transporte na Capital, confirmou que só em novembro será estabelecido o quanto vai custar o passe.
Porém, de 2010 para 2015, a passagem de ônibus em Campo Grande subiu 30% – de R$ 2,50 para R$ 3,25. Nestes cinco anos, o maior aumento aconteceu em 2014, quando o passe foi de R$ 2,75 para R$ 3,00 – acréscimo de 11%.
Em 2013, a tarifa sofreu duas reduções. Em fevereiro, quando o governo federal isentou as empresas de ônibus do PIS e Confins, impostos trabalhistas, a passagem passou de R$ 2,85 para R$ 2,75 em fevereiro.
Em novembro, caiu para R$ 2,70, quando a Prefeitura da Capital abriu mão do ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) – conforme consta na lei complementar municipal nº 220, de 8 de novembro de 2013, publicada no Diário Oficial de 11 de novembro daquele ano.