A Operação MIDAS teve sua primeira fase deflagrada em maio deste ano e seu objetivo é a apuração da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade documental.
No dia 20 de setembro, o procurador jurídico da Câmara de Vereadores de Campo Grande e ex-secretário municipal de Finanças da Prefeitura da Capital na administração de Gilmar Olarte (Pros) foi solto, mesmo depois que foi apurado que ele teria registrado em seu nome 96 imóveis. Esse patrimônio de André Scaff chamou a atenção dos promotores e ele e a mulher, Karina Scaff, foram presos durante a segunda fase da Operação Midas, conduzida pelo Gaeco.
Na comparação dos rendimentos como servidor municipal e o total de bens que possui, os promotores levantaram suspeita de irregularidade. Esse argumento também foi informado à Justiça na solicitação dos mandados de prisão preventiva. “O que indicaria que o acréscimo patrimonial seria proveniente de corrupção e improbidade administrativa”, informou nota do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) ao divulgar sobre o deferimento dos pedidos de prisão.
André Scaff e sua mulher são acusados de prática dos crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro e crime contra a ordem tributária, segundo o TJMS. O Gaeco conseguiu na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital mandados de prisão preventiva contra o casal. O juiz Carlos Alberto Garcete deferiu os pedidos.
André Luiz Scaff é procurador municipal da Câmara desde 1º de março de 1985 e está lotado na coordenadoria geral de apoio jurídico. O Legislativo Municipal não divulga especificamente o salário de seus servidores. A única informação que consta é que o salário base do procurador investigado pode variar de R$ 2.275,76 a R$ 3.995,90, sem a inclusão de benefícios.