A extradição do narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão do Paraguai para o Brasil teria sido impulsionada pelo mafioso Jorge Rafaat Tounami e isso teria motivado o seu assassinato em Pedro Juan Caballero a tiros de uma metralhadora .50, no último dia 15 de junho.
Rafaat, de acordo com fontes ouvidas pelo jornal ABC Color, queria o controle da região de fronteira com o Brasil e, para isso, precisava eliminar Pavão, que, sabendo a intenção do concorrente, mandou eliminá-lo.
No entanto, Pavão negou, em entrevista ao ABC Color, que tenha mandado matar Rafaat. “Nunca falou comigo, seja bom ou mau, ele nunca entrou nesse detalhe, porque ele também tem suas lutas com a Justiça, teve seus problemas e só falamos sobre isso. Ele me disse que tinha uma grande penalidade a última vez que veio, mas estava tentando resolver. Ele perguntou como estava a minha situação no Brasil e eu lhe disse que estava tranquila. Tenho uma grande penalidade para cumprir. Eu lhe disse isso, mas já está sendo cumprida, porque eu estou preso aqui no Paraguai e tenho o direito de condicional. Se eu for para lá hoje tenho que sair em liberdade condicional”, garantiu Pavão.
A advogada de Pavão, que acompanhou a entrevista, Laura Casuso, garantiu que o seu cliente não se opõe à extradição. “Seria um processo absurdo, ir para lá para cumprir 45 dias e depois voltar. O que estamos tentando é que legalmente o Brasil nos comunique que ele tem realmente para cumprir lá e, portanto, a parte justa é uma condicional, é necessário atender a certas medidas de conduta, e fazê-lo aqui, no país. Isso é o que estamos procurando”, alegou.