Dario Isasi, chefe do Agrupamento Especial do Paraguai, ficou surpreso por ter encontrado um celular escondido em uma das celas do presídio em poder de um preso que faz parte do “primeiro escalão” do narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão.
Ele disse que a única explicação para a entrada do celular no presídio seria a conivência de um dos guardas. “Estávamos confiantes de que não haveria qualquer telefone. Foi uma surpresa para nós encontrar um telefone dentro de uma TV porque nós pensamos que o sistema de segurança fosse eficaz”, lamentou.
O celular estava escondido em uma TV pertencente ao prisioneiro brasileiro Carlos Henrique Silva Candido Tavares, que é um dos líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
“Agora, teremos de rever completamente as revistas nos visitantes. Estamos visando especificamente a nossa equipe”, admitiu, completando que fará uma investigação sobre o caso.
O celular foi encontrado em um pente-fino determinado após os assassinatos do guarda prisional Mario Lezcano Tacumbú Mereles e de seu filho Mario Alberto Lezcano ocorridos no dia 24 de agosto no Bairro de San Isidro, em Lambaré.
O procedimento foi feito após a confissão do assassino paraguaio Walter Dario Ayala, que foi capturado no último sábado em La Patria, Chaco. Ele é um ex-presidiário que tinha entrado na prisão de Tacumbú por roubo, mas, uma vez dentro do presídio, foi iniciado como um membro de uma célula do grupo criminoso brasileiro PCC, que responde supostamente ao narcotraficante Jarvis Chimenes Pavão .
Ayala deixou a prisão dois meses e oito dias antes do ataque ao guarda da prisão, mas teria sido contatado por seu ex-companheiro de cela, Carlos Henrique Silva Candido Tavares, que está preso na Unidade Especializada desde 2 de agosto. Carlos Henrique Silva Candido Tavares tinha contatado Walter Ayala para encomendar o assassinato do guarda da prisão e de seu filho.