Os presidentes de 43 clubes e ligas filiados à FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) assinaram um manifesto conjunto contra o ex-presidente da entidade, Francisco Cezário, e também em defesa da soberania dos filiados da instituição.
O documento foi entregue dia 17 de novembro e os remetentes representam mais de 75% dos filiados, além de mais de 80% dos votos na contagem por peso estatutário. O manifesto foi entregue à CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
No detalhe dos objetivos, a Federação diz que se trata se de um ‘’movimento amplo, sólido e institucionalmente representativo, que reafirma a soberania da Assembleia Geral Extraordinária que destituiu o ex presidente e o compromisso dos filiados com a integridade do futebol sul mato grossense’’.
A crise que resultou na destituição do ex-presidente Francisco Cezário teve início com operação policial que apurou desvio sistemático de recursos, movimentações financeiras sem transparência, uso de contas de terceiros, falsificações e possíveis crimes como peculato e lavagem de dinheiro.
A repercussão do caso foi imediata no seio da sociedade e abalou a credibilidade da Federação. À época, diante da gravidade dos fatos, os clubes se reuniram em Assembleia Geral Extraordinária, que é a instância máxima e soberana da Federação. Com mais de dois terços dos votos estatutários, deliberaram pela destituição definitiva do ex-presidente.
A destituição foi considerada um marco para o futebol e para a sociedade de Mato Grosso do Sul e simbolizou ruptura com práticas incompatíveis com ética, transparência e responsabilidade. Também foi dito que os clubes reiteram que a destituição ocorreu em conformidade com o Estatuto da FFMS e com o artigo 217 da Constituição Federal, que garante a autonomia das entidades esportivas. Por isso, rejeitam qualquer iniciativa que pretenda relativizar ou invalidar a decisão da Assembleia.
Os manifestantes também pretendem deixar claro que apoiam integralmente as medidas recursais a serem interpostas contra a decisão de primeiro grau considerada equivocada pelos filiados e contrária à vontade soberana da categoria.

