Com a Avenida Julio de Castilho cheia de buracos, os moradores que se utilizam da via diariamente mandaram recados irônicos para a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP). Desde o último sábado (6), um dos buracos segue sinalizado e enfeitado com um recado direto à administração: “Cuidado! Buraco da Prefeita”.
Dono de uma loja de móveis em frente ao que classificou como novo “ponto turístico”, Wellington Esperandio, 38 anos, destacou que apesar da cratera estar exposta desde março deste ano, a administração municipal segue mandando recados paliativos enquanto posterga a resolução do problema.
“Já liguei mais de 37 vezes para a prefeitura, nunca resolvem o problema. Alegam que o serviço está provisionado, mas não dizem nada. Para quando? Pode ser hoje, amanhã, não dá para saber”, disse o lojista.
Questionado sobre o novo “enfeite” da avenida, Wellington disse que nos últimos dias, diversas pessoas fizeram questão de fotografar o recado, que tem afastado sua clientela. “Antigamente eu ‘fisgava’ muitos clientes que passavam em frente da loja e entravam para ver os produtos, atualmente nem isso tenho conseguido fazer”, falou.
Além da avenida, diversos outros pontos da capital seguem intransitáveis por buracos. O aposentado Renê Pinto da Mota, 74 anos, vive há 26 anos na região e afirma que, neste momento, sua casa segue rodeada por buracos, na Rua Pedro de Toledo, Vila Piratininga.
A via é campeã de buracos. Em 50 metros, é possível identificar ao menos 40 crateras de diversos tamanhos, as quais carros e motociclistas se livram com certa habilidade. Rua Cubatão, às margens do Shopping Norte Sul, Rua dos Ipês, Rua Paraguai, no Jardim América, são outros pontos com acesso dificultado pelas crateras espalhadas pela via.
Em nota ao Correio do Estado, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) disse que os pontos críticos seguem monitorados e constam no cronograma de “tapa-buraco” na Capital. Abaixo, a íntegra da nota da Prefeitura:
“A Sisep informa que todos os dias equipes atuam no serviço de tapa-buracos na cidade e a programação é flexível dependendo de alguns fatores como surgimento de serviços emergenciais, elaborada com base nas demandas recebidas pelo 156 e a plataforma FalaCG.”