A PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) de 2024, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revelou que morar sozinho em Mato Grosso do Sul aumentou em 28,9% no período de 2012 a 2024.
Conforme o levantamento, 18,3% dos moradores do Estado moravam sozinhos em 2024, contra 14,2% em 2012. O modelo residencial mais comum é o chamado nuclear, aquele formado por um núcleo familiar direto, que é o casal com ou sem filhos ou famílias monoparentais, formadas por mãe com filhos ou pai com filhos.
Esse modelo residencial, em 2024, correspondeu a 66,5% do total, um número menor do que o de 2012, que foi de 69,0%. No Estado, também são verificadas outras formas de arranjo domiciliar, como a unidade estendida, que é constituída por uma pessoa responsável e pelo menos um parente, formando uma família que não se enquadra nos outros tipos descritos.
Esse arranjo correspondia a 14,2% em 2024, também apresentando queda com relação a 2012. Já as unidades domésticas compostas, que são aquelas compostas por um responsável, com ou sem parentes, e ao menos uma pessoa sem parentesco (agregado, pensionista, convivente), representavam 1,0% do total dos domicílios ocupados.
Também foi verificado na pesquisa quem são os moradores que vivem sozinhos em Mato Grosso do Sul. De acordo com a PNAD Contínua, o maior percentual são os homens entre 30 e 59 anos, que são 32,08% da população investigada. O segundo maior grupo era o de mulheres com 60 anos ou mais, 21,4% dos moradores unipessoais.
Entre os homens, 56,1% tinham entre 30 a 59 anos de idade, 28,8% tinham 60 anos ou mais e os mais jovens, com menos de 30 anos, eram 15,1%. Já entre as mulheres, a maioria das moradoras solo tinha mais de 60 anos (50,8%). As com idade entre 30 e 59 anos correspondiam a 38,7% do total e as com menos de 30 anos eram 10,5%.
Em comparação ao início da Pesquisa, notou-se um crescimento da população feminina morando sozinha. Em 2016, quando o tema foi pesquisado pela primeira vez, as mulheres eram 39,7% das pessoas morando sozinhas. Em 2024, o número cresceu para 42,8%.
Mesmo com a crescente, o Estado ficou de fora do ranking entre os estados com maiores taxas de domicílios unipessoais. Os maiores números foram registrados no Rio de Janeiro (22,6%) e no Rio Grande do Sul (20,9%). Os menores registros foram no Maranhão (13,5%) e no Amapá (13,6).