Perigo: PCC tem quase mil “soldados” nas fronteiras de MS com Bolívia e Paraguai

Levantamento do MPSP (Ministério Público de São Paulo) apontou que a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) tem um exército de quase 1.000 “soldados” nas fronteiras de Mato Grosso do Sul com Bolívia e Paraguai.

O contingente de homens do PCC nas duas regiões fronteiriças é porque a facção criminosa considera Mato Grosso do Sul como uma rota importante para traficar drogas e armas obtidas de forma fácil nos dois países vizinhos ao Brasil.

Conforme a pesquisa, são 699 integrantes do PCC em território paraguaio, na fronteira com Mato Grosso do Sul, dos quais 341 estão presos. Os dados foram obtidos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPSP e apresentados no seminário internacional Crime Organizado e Mercados Ilícitos no Brasil e na América Latina.

Já na Bolívia, são 146 homens, dos quais 75 presos. O país é o terceiro com mais “soldados” da facção fora do Brasil, atrás, além do Paraguai, também da Venezuela, que conta com 656 membros.

No caso do Paraguai, a entrada e saída desses homens está dividida entre Mato Grosso do Sul e Paraná, já que ambos fazem fronteira com o país vizinho. Porém, em relação à Bolívia, a maior parte se refere ao nosso Estado, já que no Mato Grosso, que também faz fronteira com o país, a ocupação do PCC é menor, sendo um estado dominado pelo Comando Vermelho (CV).

 

PCC NO MUNDO

Segundo o levantamento do MPSP, fora do Brasil, o PCC tem mais de dois mil “soldados” distribuídos em 28 países. Além das três nações citadas acima, a organização criminosa também tem membros nas seguintes localidades: Alemanha, Argentina, Bélgica, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Estados Unidos, França, Guiana Francesa, Guiana, Holanda, Inglaterra, Irlanda, Itália, Japão, Líbano, México, Peru, Portugal, Sérvia, Suíça, Suriname, Turquia e Uruguai.

O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, coordenador do Gaeco de São Paulo, explicou que a lista de países onde há membros da facção foi obtida a partir da interceptação de mensagens de seus membros.

Ele ainda informou à reportagem que os próprios criminosos fazem uma espécie de censo para saber quantos e onde estão os representantes da organização fora do Brasil.