Caso Sophia: Juiz remarca pela 4ª vez julgamento de mãe e padrasto por morte de menina

O juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, remarcou, pela quarta vez, o julgamento de Christian Campoçano Leitheim, de 26 anos, e de Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos, padrasto e mãe da menina Sophia de Jesus Ocampo que foi morta pelo casal no ano passado.

Agora, a nova data para o júri popular ficou definida como os dias 4 e 5 de dezembro deste ano. “Assim, no interesse das partes, porém pela última vez, remarco este júri para os dias 04 e 05 de dezembro/24”, escreveu no despacho o magistrado.

Originalmente, o júri popular seria nos dias 6, 7 e 8 de novembro, depois, passou para os dias 21 e 22 do mesmo mês e, na sequência, a defesa da mãe alegou que não poderia estar presenta na data por conta de viagem, fato que fez o julgamento voltar para os dias 27 e 28 de novembro.

Após um novo pedido da defesa, o júri teve a data adiada pela terceira vez, voltando aos dias 21 e 22 de novembro. Usando o mesmo argumento de viagem, a defesa requereu nova mudança, ao que o magistrado determinou que o julgamento aconteça em dezembro, nos dias 4 e 5 de dezembro, ou seja, a quarta alteração de data.

 

Entenda o caso

 Na tarde do dia 26 de janeiro de 2023, a menina deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, no norte de Campo Grande, já sem vida. Inicialmente, a mãe de Sophia, Stephanie Ocampo, que foi até lá sozinha com a garota nos braços, sustentou a versão de que ela havia passado mal.

No entanto, a averiguação médica encontrou lesões pelo corpo, além de constatar que a morte havia ocorrido cerca de quatro horas antes da chegada ao local. O atestado de óbito apontou que a menina morreu por sofrer trauma raquimedular na coluna cervical (nuca) e hemotórax bilateral (hemorragia e acúmulo de sangue entre os pulmões e a parede torácica).

Exame necroscópico também mostrou que a criança sofria agressões há algum tempo e tinha ruptura cicatrizada do hímen – sinal de que sofreu violência sexual. Para a investigação policial e para o MPE (Ministério Público Estadual), a menina foi espancada até a morte pelo padrasto, depois de uma vida recebendo “castigos” físicos.