Balanço parcial da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) sobre os crimes registrados durante a “Operação Eleições 2024” em Mato Grosso do Sul entre os dias 5 e 6 de outubro aponta para um total de 26 crimes eleitorais.
A compra de votos foi a infração mais comum, com sete casos, sendo dois em Paranaíba, três em Aparecida do Taboado, um em Santa Rita do Pardo, um em Bataguassu e um em Miranda.
O fornecimento de alimentos e transporte coletivo irregular teve cinco registros, ocorrendo em Itaporã, Aparecida do Taboado, Caracol, Água Clara e Rio Verde. Houve também três casos de boca de urna nas cidades de Jardim, Ivinhema e Itaquiraí.
Também foram registradas quatro ocorrências de propaganda eleitoral irregular nas ciades de Anastácio, Naviraí e Campo Grande. Crimes de injúria, desordem e ameaça tiveram registros isolados em Brasilândia, Bela Vista, Sete Quedas e Laguna Caarapã, enquanto dois casos de violação do sigilo do voto foram contabilizados em Paranaíba e Água Clara.
Em Campo Grande, um idoso de 60 anos sofreu uma crise convulsiva em uma escola na Vila Santa Luzia, sendo prontamente atendido pelo Corpo de Bombeiros. Além disso, foram efetuadas 13 prisões durante a operação, envolvendo nove eleitores e quatro candidatos, sendo que os detidos foram registrados em Paranaíba, Itaporã, Sete Quedas, Caracol, Água Clara, Santa Rita do Pardo e Rio Verde.
Os dados foram apresentados pelo secretário-executivo da Sejusp, coronel PM Wagner Ferreira, após a compilação realizada pelas equipes que atuaram de forma integrada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), mostrando que o pleito municipal foi tranquilo em todo o Estado.
Desde o início da operação, equipes das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal, além Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Guarda Civil Metropolitana, Coordenadoria-Geral de Perícias, Detran e Tribunal Regional Eleitoral, concentraram-se no CICC, recebendo e monitorando todas as ocorrências de crimes eleitorais tanto na capital quanto no interior do estado.
Os crimes eleitorais monitorados incluem: derrame de material de propaganda (conhecido como “chuva de santinhos”), corrupção eleitoral, boca de urna, transporte irregular de eleitores, concentração de eleitores, desordem, obstrução ao exercício do voto, desobediência, dano e destruição de urnas eletrônicas, crimes contra a honra, perturbação da propaganda eleitoral, fraude na identificação do eleitor, denunciação caluniosa eleitoral, entre outros.
Segundo o coronel PM Wagner Ferreira, houve uma redução significativa no número de crimes em comparação ao primeiro turno das eleições de 2020. “Comparando o dia de hoje, 6 de outubro de 2024, com o primeiro turno das eleições de 2020, observamos uma redução de pelo menos 50% no número de ocorrências gerais e crimes eleitorais”, afirmou o secretário.