A SES (Secretaria Estadual de Saúde) confirmou, ontem (15), o primeiro caso de varíola dos macacos em um homem de 41 anos, morador de Campo Grande (MS) e com histórico de viagem para São Paulo (SP). Com isso, o Estado registra quatro casos notificados, sendo três descartados e um confirmado. Mesmo com a confirmação, a SES reforçou, em nota, que o paciente não necessitou de hospitalização. Contudo, por conta da suspeita, ele cumpriu o isolamento domiciliar.
“Trata-se de um homem de 41 anos de idade, residente na Capital, que apresentou sintomas como febre, adenomegalia (ínguas), erupção cutânea em dorso (feridas na pele) e genitália. A doença se manifestou no dia 29 de junho de 2022. O paciente encontra-se com lesões cicatrizadas e não possui mais risco de transmissão. O exame foi realizado e confirmado pelo laboratório de referência localizado no Estado do Rio de Janeiro”, confirmou a nota.
No entanto, foi destacada a importância de manter algumas medidas de precaução em relação às mãos limpas, não ter contato com secreção, uso de máscara e, no caso de contato com pessoas com suspeita de doença, procurar atendimento médico. Confirmado o primeiro caso, a SES segue as orientações do Ministério da Saúde que envolvem a identificação do caso.
Sobre a possibilidade de ampliar as barreiras de segurança, a SES descartou porque a contaminação se dá por contato íntimo, a transmissão não ocorre facilmente pelo ar. Monkeypox é transmitido pelo contato íntimo, a COVID-19, por exemplo, tem maior transmissibilidade e risco de hospitalização.
Diante do surgimento do cenário da monkeypox no mundo, o CIEVS Estadual e a Gerência Técnica Estadual de Saúde Única de Mato Grosso do Sul emitiram comunicação de risco a todos os municípios do Estado para que todo o sistema de vigilância fique alerta e execute ações oportunas em caso de aparecimento de casos suspeitos.
Vale lembrar ainda que o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso da doença no Brasil no dia 9 de junho. O caso foi registrado no Estado de São Paulo, pelo laboratório de referência Adolfo Lutz, após análise metagenômica. Atualmente, segundo o último boletim da doença divulgado pelo Ministério da Saúde, o país soma mais de 266 casos confirmados da doença.
A varíola dos macacos era considerada endêmica em países da África Central e da África Ocidental, mas nos últimos meses houve relatos da doença em diversos outros países não endêmicos, especialmente na Europa, que já responde por 84% dos casos notificados, segundo a OMS.
Entre os dias 1º de janeiro e 15 de junho deste ano, a OMS foi notificada sobre 2.103 casos confirmados da varíola dos macacos, em 42 países, assim como 1 caso provável e 1 morte. Cabe destacar que, quando as feridas chegam à fase de crosta e quando esta desaparece, a pessoa não pode mais infectar outros. Inicialmente, as lesões têm diâmetro de meio a um centímetro e podem ser confundidas com varicela ou sífilis.