Segundo o site Campo Grande News, Paula Monezzi faria parte do núcleo chamado “Sintonia dos Gravatas” do PCC, formado por advogados que prestam serviços aos integrantes da facção criminosas não só em ações judiciais, mas como auxiliares no cometimento de crimes. Na cadeia desde o dia 25 de março, a advogada tenta a substituição da prisão preventiva (por tempo indeterminado) por domiciliar.
O Gaeco é contra e o juiz Olivar Augusto Roberti Coneglian, da 2ª Vara Criminal, ainda não tomou decisão. Para sustentar o pedido de manutenção da prisão, os promotores de Justiça Marcos Roberto Dietz, Tiago Di Giulio Freire e Gerson Eduardo de Araújo argumentam que, já sabendo que poderia ser alvo de operação, a advogada escondeu equipamentos eletrônicos.
“Em conversa com o coinvestigado Bruno Ghizzi, sobre estratégias adotadas para dificultar investigações em andamento contra eles e outros integrantes do PCC, a requerente se avaliou ‘tranquila’ por manter em esconderijo, entre outros dispositivos comprometedores, o tablet do (…)”, diz trecho do parecer assinado pelos três.
O Gaeco alega ainda que a prisão domiciliar não é suficiente para impedir que Paula atrapalhe as investigações ou cometa outros crimes na tentativa de barrar os trabalhos. “É irrefutável que a manutenção da prisão preventiva da requerente Paula Tatiane Monezzi, pela própria posição na organização criminosa, faz-se de extremada importância no caso, uma vez que, em liberdade, certamente se sentirá estimulada a voltar a delinquir, dando suporte à predita organização criminosa e fomentando a prática da mais diversa ordem de crimes”, opinam os promotores em outro trecho da manifestação.
Conforme a investigação, Paula é uma das advogadas responsáveis por distribuir ordem do PCC para matar um promotor do Gaeco. No entanto, a defesa de Paula Monezzi pediu a substituição da prisão preventiva por domiciliar alegando que a advogada é a única pessoa responsável por manter financeiramente e cuidar de pessoa vulnerável.
Além disso, o advogado Carlos Alberto Correa Dantas argumenta que a “Operação Courrier” levou três meses para cumprir os mandados de prisão e busca expedidos e até agora, nenhum dos alvos foi denunciado à Justiça. Questionado sobre o que a cliente teria a dizer sobre as suspeitas que recaem sobre ela, o defensor informou que nada pode comentar uma vez que a investigação tramita em segredo de Justiça.