Segundo a Polícia Nacional do Paraguai, o imóvel, construído no bairro mais nobre de Pedro Juan Caballero, pertence ao narcotraficante Éderson Salinas Benitez, mais conhecido como “Salinas Riguaçu”. Grupos rivais do criminoso descobriram que ele estava em casa em companhia de uma jovem brasileira de 28 anos e foram até o local para executá-lo, mas não obtiveram êxito, pois ambos saíram ilesos do atentado a tiros.
Ainda de acordo com a Polícia Nacional, Salinas Riguaçu teria respondido ao ataque e feito disparos contra os agressores, que seriam 10 pistoleiros armados com pistolas calibre 9 mm e fuzis calibres 556 e 762 mm. Em frente à casa foram apreendidos mais de 300 cápsulas e, momentos depois do tiroteio, alguns veículos foram encontrados queimando em uma estrada vicinal na Colônia República.
Eles teriam sido usados pelos agressores de Slinas Riguaçu e da namorada dele. Os peritos da Polícia Nacional encontraram também um telefone celular e uma pistola que teriam sido perdidos por um dos homens do grupo agressor no momento do ataque. Ainda na madrugada desta sexta-feira (25), o narcotraficante e a namorada brasileira foram presos e transferidos, sob forte esquema de segurança, para Assunção, capital do Paraguai.
Apontado como sucessor do narcotraficante brasileiro Sérgio de Arruda Quintiliano Netto, o “Minotauro”, o paraguaio Salinas Riguaçu chegou a ser preso no dia 19 de janeiro de 2020 por policiais do Garras (Delegacia Especializada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestro), em Ponta Porã, durante briga de trânsito. Ele estava armado com pistola calibre .380, porém, menos de dois meses depois, no entanto, habeas corpus o colocou em liberdade sob a condição de que ele comparecesse mensalmente em juízo.
Fora da prisão, continuou mantendo o status de traficante poderoso. Sobre ele, recai a fama de ser um dos chefões do tráfico de drogas da região de fronteira e a suspeita de ser o mandante da execução do jornalista Lourenço Veras, o “Léo Veras”, em 2020.