A defesa do delegado da Polícia Civil Fernando Araújo da Cruz, 34 anos, que foi condenado à perda do cargo e a mais de 20 anos de reclusão pelo assassinato do pecuarista boliviano Alfredo Rangel Weber, 48 anos, dentro de uma ambulância a caminho de hospital em Corumbá (MS) no dia 23 de fevereiro de 2019, entrou com pedido de recurso de apelação a fim de tentar reformar a pena.
Segundo o site Campo Grande News, a petição foi apresentada pelo advogado Irajá Pereira Messias no dia 25 de junho, mas ele já deixou o caso e só apresentou o recurso para que o prazo não fosse perdido. A defesa alegou, no júri, ausência de provas cabais contra o cliente.
O MPE (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), por sua vez, defendeu haver provas cabais e, ainda, que foram descobertas ações do investigado, com ajuda de colegas da Polícia Civil, um deles também réu no processo, para coagir testemunhas e embaraçar as investigações.
Por exemplo, segundo detalhado, foram feitas mudanças nas características da camionete de Fernando da Cruz, para alterar aquelas apontadas pela perícia. O veículo nunca foi apresentado, sob pretexto de ter sido “penhorado” pelo réu. Foram listados como indícios dos crimes as conversas rastreadas em celulares e em parte delas, o ex-delegado discute com o outro policial sobre como enganar a apuração da Corregedoria da Polícia Civil.
O delegado foi condenado por homicídio duplamente qualificado, coação e fraude no processo. O outro acusado, o agente da Polícia Civil Emmanuel Contis Leite, 32 anos, seria julgado no mesmo dia que o delegado, por coação e fraude processual, mas conseguiu desmembrar o processo. A nova data ainda não está definida.
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