Quando não está nos corredores do Ministério Público Estadual no Parque dos Poderes em período noturno, o ex-governador André Puccinelli não tem realmente nada o que fazer.
Cuidar dos netos já foi citada por ele como uma das atividades depois que deixou o Governo, além de tentar se livrar das possíveis denúncias do MPE em vários atos considerados irregulares de seu governo. O que está dando certo porque o PGJ atual ainda mantém na gaveta as denúncias da Coffee Break que mostra uma ação orquestrada com vereadores para derrubar o prefeito Alcídes Bernal.
Agora a figura do ex-governador André Puccinelli (PMDB) chamou a atenção durante a sessão de votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), nesse domingo, dia 17 de abril.
Enquanto os líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), discursava, o sul-mato-grossense chamou a atenção aparecendo propositadamente atrás do parlamentar baiano.
Logos após sua aparição, na tribuna de discurso, ao lado da Mesa Diretora da Câmara, Puccinelli deixou o local acompanhado pelo deputado Carlos Marun (PMDB), reconhecidamente, seu súdito.
O ex-governador Puccinelli teria sido cogitado a integrar o primeiro escalão de um possível governo de Michel Temer (PMDB-SP), caso Dilma caia.
Ou seja, quem não é visto não é lembrado, uma boquinha agora no possível governo do PMDB reavivaria as atividades de Puccinelli, agora restrita apenas as negociações de bastidores.
Na eleição de 2014, Puccinelli foi defensor da reeleição da presidente Dilma, e chegou a dizer que faria campanha sozinho para a petista, caso seu partido não o acompanhasse em Mato Grosso do Sul.