O resultado das urnas confirmou as projeções das pesquisas eleitorais e o governador Reinaldo Azambuja é reeleito para mais quatro anos à frente da administração de Mato Grosso do Sul. Ele obteve 52,35% votos, contra 47,65% do juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT), percentuais próximos da pesquisa do Ibrape (Instituto Brasileiro de Pesquisa Opinião Pública) divulgada no sábado (27) pelo Blog do Nélio.
Na pesquisa, Azambuja teve 53% dos votos válidos, enquanto seu adversário nas urnas, o juiz Odilon de Oliveira, alcançou 47%. Reinaldo Azambuja chegou à disputa da reeleição defendendo que fez uma gestão com responsabilidade e adotou medidas impopulares, como aumento do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e reforma da previdência dos servidores, para permitir que Mato Grosso do Sul não sucumbisse à crise econômica nacional.
“A marca que fica é a marca da responsabilidade. Existe uma criminalização enorme da atividade política”, disse Azambuja. Já a crise política que varre o Brasil chegou a Azambuja em forma de denúncias da JBS, cujos proprietários relataram suposto esquema para trocar incentivos fiscais por propinas.
A delação foi em 2017, mas reverberou no dia 12 de setembro deste ano, a poucos dias do primeiro turno eleição, quando a PF (Polícia Federal) cumpriu mandado de busca e apreensão no apartamento do governador, além de fazer prisões temporárias.
No decorrer do 2º turno, comemorou ser inocentado por placar de 11 a zero pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) após denúncia exibida no Fantástico, da TV Globo. Na busca pelo voto, exibiu vídeo de apoio do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que marcou presença em Mato Grosso do Sul puxando votos para eleger senadora, deputados federais e estaduais.
Na campanha pelo segundo mandato, Reinaldo sustentou que o plano é atingir 1,5% de investimento do orçamento em cultura, estimular a indústria, ampliar as escolas de tempo integral, gerar empregos e reduzir as secretarias do primeiro escalão. Reinaldo liderou uma chapa com 12 partidos e diz que democracia supõe abrir espaço para aliados, mas sem transformar o governo em cabide de empregos.