Bastou fechar a aliança com o MDB – a quem chamava de quadrilha – para que o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, candidato a governador pelo PDT, “chutasse” para fora da sua campanha eleitoral a “velha raposa” João Leite Schimidt, que é ex-presidente regional do PDT.
Na maior cara de pau, o juizão anunciou que Schimidt não era mais o coordenador de sua campanha ao Governo do Estado ao mesmo tempo em que recebia o apoio oficial do MDB. Ele comunicou que agora a campanha neste 2º turno será assumida pelo vereador e filho Odilon Junior, que foi derrotado nas urnas ao cargo de deputado federal.
“Tenho um respeito muito grande pelo João Carlos Schimidt, ele esteve na coordenação geral da nossa campanha até hoje. Eu quero anunciar a partir de hoje, conversei com ele que eu teria a necessidade de trocar a coordenação geral da campanha”, disse o juizão.
Sem dar muitos detalhes sobre o motivo da mudança, Odilon disse que Schmidt teria que viajar e que os dois devem manter contato, no entanto, quem comanda a campanha de Odilon é seu filho.
Demissão sumária
No entanto, a história não é bem assim, pois João Leite Schimidt, uma das figuras mais emblemáticas da história de Mato Grosso do Sul, considerado um grande articulador político, veio a público é afirmou que foi demitido da coordenação de campanha do candidato Odilon de Oliveira (PDT).
“O que posso dizer é que fui demitido pelo Odilon”, disse João Leite Schimidt, ao site Campo Grande News, sem dar mais detalhes sobre o que ocorreu e que motivos levaram a sua saída da coordenação de campanha, que levou Odilon ao 2º turno com 31,62% da preferência do eleitorado, o que corresponde a 408.969 votos.
Esta é mais uma crise dentro da campanha do PDT e de Odilon, desde que começou a campanha eleitoral. A primeira foi a saída justamente de Schimidt da presidência estadual do partido, que ficou sob o comando do deputado Dagoberto Nogueira (PDT).
Naquela ocasião, os rumores era que Odilon não teria concordado com as alianças que Schimidt estava articulando para sua campanha, na época os pedetistas disseram que se tratava de um boato.
Depois foi quando os parceiros da eleição começaram a desistir da campanha, começando pelo ex-presidente da Acrissul, Francisco Maia (Podemos), o Chico Maia, que candidato ao Senado, desistiu da disputa.
Em seguida perto das convenções se iniciou a “indefinição” sobre os candidatos a vice, que começou com a escolha de Herbert Assunção (PDT), passando pela radialista Keliana Fernandes (Pros), sendo que ambos no final foram preteridos.
No caso de Keliana, ela inclusive fechou parceria com os tucanos, fazendo parte da coligação do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O vice então ficou com o bispo Marcos Vitor (PRB), escolhido no penúltimo dia das convenções. Entretanto, a maior perda foi depois dos registros das candidaturas, quando o senador Pedro Chaves (PRB) desistiu da disputa.
Chaves alegou que houve “quebra de acordo” com o PDT, porque tinha se combinado que ele seria o único candidato dentro da chapa, que lançou também Humberto Figueiró (Podemos). Para o lugar o lugar do senador, foi colocado o vereador Gilmar da Cruz (PRB). Ambos os candidatos foram derrotados nas urnas.