O narcotraficante mais procurado do Paraguai, Felipe “Barón” Escurra Rodríguez, 41 anos, conseguiu escapar mais uma vez uma operação policial destinada a sua recaptura. A “fuga” só foi possível graças à colaboração de policiais de Capitán Bado, que o teria advertido da chegada de outro grupo de agentes vindos Assunção, capital do Paraguai, para executar a missão.
O procedimento de captura foi realizado na terça-feira (10), quando 10 policiais do Departamento de Combate ao Crime Organizado viajaram de Assunção para Capitán Bado, na região de fronteira com Mato Grosso do Sul. O grupo tinha informações de que o narcotraficante estava escondido em uma propriedade rural localizada na Colônia Cadete Boquerón, localizada a 13 quilômetros de Capitán Bado.
A operação, supervisionada pelos promotores de Justiça Alicia Sapriza e Hugo Volpe, conseguiu capturar na propriedade um plantador de maconha, identificado como Edison Guzmán López Cristaldo, 20 anos, além de apreender cinco toneladas da droga e destruir dois campos plantados com maconha.
No entanto, aquele que era o principal objetivo da missão, ou seja, a prisão de “Barón Escurra”, foi frustrado devido à fuga do chefe do narcotráfico minutos antes dos agentes chegarem ao esconderijo. O traficante foi alertado sobre a operação por agentes do posto policial nº 18, que fica em Cadete Boquerón, que por sua vez opera em conjunto e se reporta diretamente à 4ª Delegacia de Capitán Bado.
De acordo com os dados, quando os agentes policiais entraram na área foram retidos por um barco de patrulha, o que os levou a desperdiçarem tempo valioso. Então, perto do local onde estaria “Barón Escurra”, os investigadores encontraram outro carro de patrulha que estava fazendo uma “blitz” praticamente no meio do nada.
“Barón Escurra” foi capturado pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai) em 2016, mas foi liberado em 2017 pelo juiz Leonjino Benítez. Essa decisão judicial foi revogada, mas o criminoso nunca foi localizado.