Durante bloqueio na região do Copo Sujo, próximo à fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, equipes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e do Gaeco (Grupo de Repressão ao Crime Organizado) apreenderam, no fim de semana, um grande lote de armas e munições que saíram de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, com destino a membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado de Goiás.
Segundo os traficantes detidos durante a barreira policial, as armas e as munições foram entregues a eles por três paraguaios. Na operação, foram apreendidas 12 pistolas calibre 9 mm, dois fuzis 762 mm e mais de 1.500 projéteis de vários calibres.
As armas e munições estavam sendo transportadas a bordo de um carro por dois homens de nacionalidade brasileira, cujas identidades não foram fornecidas pela PRF. Eles disseram que a missão era levar as armas para uma facção do temido PCC em Goiás.
De acordo com o relatório da PRF e do Gaeco, que estavam encarregados da operação, os presos disseram que as armas e as munições foram entregues dentro de uma casa que fica em Pedro Juan Caballero, capital do Departamento de Amambay.
Presume-se que os policiais brasileiros já teriam as identidades dos paraguaios e o endereço da casa onde o arsenal foi entregue aos cidadãos brasileiros, que foram presos durante o bloqueio na estrada.
Após a suspensão pelos Estados Unidos da venda de armas ao Paraguai, o preço deste tipo de “artigos” no submundo do crime na fronteira aumentou substancialmente. Isso tornou o negócio lucrativo para os comerciantes de armas que operam nessa área.
Na maior parte do tempo, os traficantes trocam armas com o crime organizado do Brasil por cocaína, que é devolvido aos grandes centros urbanos do Brasil e da Europa, gerando enormes lucros para os traficantes de fronteira.