O doleiro Darío Messer realizou um número ainda indeterminado de transações financeiras no Paraguai, incluindo transferências nacionais e internacionais (especialmente para o Brasil e os Estados Unidos), além de operações de câmbio, arbitragem e investimentos em ações.
O promotor público Rene Fernandez indicou ontem que no mínimo foram 50 milhões de dólares movimentados sob o comando de Messer e que ainda são essa é uma cifra preliminar e que pode aumentar juntamente com o avanço das investigações.
O maior movimento de fundos, Darío Messer fez para o Brasil. É confirmado ontem pelo promotor Rene Fernandez, que assegurou que há também vários outros países onde o dinheiro estava girando, incluindo investimentos que estavam indo para os Estados Unidos. O dinheiro também foi voltado para paraísos fiscais, locais favoritos para lavagem de dinheiro devido à falta de controles legais e financeiros.
“Há todos os tipos de transações que temos encontrado. Temos transferências nacionais, transferências internacionais, transações cambiais, arbitragens, investimentos em ações. Existem vários produtos financeiros que identificamos. O maior movimento é para o Brasil, mas também há outros países. Também houve investimentos para os Estados Unidos “, disse o promotor René Fernández, que investiga Darío Messer junto com as promotoras Liliana Alcaraz e Hernán Galeano.
Sobre o número empresas do doleiro estima-se que haveria uma dúzia delas. Existem propriedades por trás das quais existem várias pessoas jurídicas.
Ele observou que até agora encontraram quatro empresas ligadas à Messer que foram bem identificadas e listadas no registro de imputação.
Do Luxemburgo ao Paraguai
O promotor Rene Fernandez revelou que os 40 milhões de dólares para quem imputam no Paraguai ao empresário brasileiro Darío Messer foram depositados em dois bancos: o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNF) e o Banco Continental, além de uma corretora de valores chamada Casa da Ponte
O montante depositado veio do Luxemburgo, um pequeno país da Europa, considerado paraíso fiscal, entre 2013 e 2017. Sobre este ponto, o gerente de combate à corrupção da BNF, Néstor Suárez, disse que era precisamente desconfiado que o dinheiro de uma das contas das empresas associadas Darío Messer foi depositado na Europa em 2015.