Voos do tráfico na fronteira com o Paraguai eram diário com destino a Argentina. Frisson intenso!

A Operação “Los Hermanos” realizada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai), que apreendeu dois aviões e mais de US$ 500 mil em dinheiro em pista clandestina no país vizinho, conseguiu destruir a maior estrutura de transporte aéreo de drogas para a Argentina, Paraguai, Chile e Uruguai, de acordo com a Agência Federal de Inteligência da Argentina.

As autoridades argentinas asseguram que os aviões apreendidos faziam dois voos diários para o país, enquanto a Senad estimou em até cinco voos por semana. De acordo com um relatório oficial da Agência de Inteligência Federal da Argentina, a operação foi realizada em conjunto com a Senad do Paraguai e US Drug Enforcement Administration (DEA), dos Estados Unidos.

Essa ação policial teria permitido acabar com a maior estrutura de transporte aéreo de drogas para Argentina, Paraguai, Chile e Uruguai, sendo que os traficantes estavam envolvidos no tráfico de cocaína e de maconha para outros países da região América do Sul. A organização criminosa era liderada pelos irmãos Wilfrido e Rigoberto Bareiro Vargas, foram capturados na madrugada de quarta-feira (29) em San Pedro del Paraná, quando conduziam dois caminhões que forneciam combustíveis para as aeronaves.

O relatório da Polícia informa que os agentes foram alertados por um helicóptero das forças de segurança que voava sobre a área. No voo, uma das caminhonetes transportava 912 quilos de maconha, enquanto outra abandonada tinha armas de uso militar. Um terceiro veículo encarregado de fornecer combustível aos aviões foi interceptado pelas forças de segurança.

Enquanto o chefe da Senad, Hugo Vera, disse ao ABC Cardinal que os aviões faziam cinco voos por semana, o relatório oficial da Argentina diz que eles fizeram até dois voos por dia para a Argentina e o Chile, principalmente. Eles relatam que a área de embarque e desembarque operava na propriedade rural com uma pista clandestina protegida por colonos que serviriam de “sinos”.

Um fato impressionante é que a organização criminosa tinha um hotel, uma estação de serviço e uma residência luxuosa no centro de San Pedro del Paraná. Naquele edifício pertencente a um dos irmãos presos estavam US$ 510 mil, uma Toyota Hilux e uma caminhonete da Hyundai.