“A volta dos que não foram”! Três candidatos ao Senado representam a velha política do blá..blá..blá

Waldemir Moka, Pedro Chaves e Zeca do PT estão de volta à disputa eleitoral, tentando garantir as duas vagas ao Senado disponibilizadas no pleito deste ano, mantendo o mesmo blá, blá, blá tão conhecido pelo eleitorado sul-mato-grossense. Além do tempo de janela, os três têm também em comum o fato de representarem a velha política.

Enquanto Zeca tem ficha suja e é o parlamentar sul-mato-grossense com mais processos na Justiça, buscando ainda reverter sua inelegibilidade para poder disputar as eleições deste ano, Moka sumiu os oito anos de mandato como senador, não apresentando nenhum projeto de relevância e, para muitos, nem tentaria a reeleição devido ao trabalho pífio à frente do cargo político.

Ex-vice presidente José Alencar, já falecido, e Zeca do PT

Já o professor Pedro Chaves é um empresário aventureiro que só ocupou uma cadeira no Senado Federal em razão da cassação do mandato do ex-senador Delcídio do Amaral, do qual era suplente. Para os analisas políticos, dificilmente vai conseguir se manter no cargo, mas, mesmo assim, insistiu em participar do pleito.

 

Ficha suja

Uma consulta rápida ao site da ONG (Organização Não Governamental) Ranking dos Políticos confirma o que todos já sabiam, ou seja, que o deputado federal Zeca do PT é o parlamentar sul-mato-grossense com mais processos na Justiça.

Ele tem dez processos na Justiça e todos estão no STF (Supremo Tribunal Federal), tratando sobre investigação penal (nº 4691) e

Ex-governador Wilson Martins, já falecido, e Moka

crime de peculato, falsidade ideológica, falsificação de documento público e falsificação de documento particular (nº 4545, nº 1016, nº 4541, nº 1017, nº 4540, nº 4543, nº 4544 e nº 4182).

Além disso, Zeca tem um processo sobre pagamentos na ordem de R$ 400 mil ao parlamentar, bem como repasses implementados por meio do setor de operações estruturadas do Grupo Odebrecht (nº 4447).

Porém, nada é tão ruim que não pode ser piorado, pois o deputado federal ficou inelegível graças à decisão do desembargador Sérgio Fernandes Martins proferida no dia 31 de julho ainda devido à “farra da publicidade”.

Ele julgou improcedentes os embargos de declaração propostos por Zeca do PT, Raufi Antônio Jaccoud Marques, Oscar Ramos Gaspar, RPS Publicidade e Promoções Ltda., que tentavam derrubar condenação, mas não tiveram êxito.

Segundo o documento, eles foram condenados, em segunda instância, por improbidade administrativa com dano ao patrimônio público. Por isso, o desembargador Sérgio Fernandes Martins mandou notificar o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) sobre a condenação, que implica na suspensão dos direitos políticos dos condenados.

 

Gastões

Ainda conforme informações da ONG Ranking dos Políticos, uma organização que existe para fornecer informações sobre quem é quem no Congresso Nacional, os senadores Waldemir Moka e Pedro Chaves são os mais gastadores do Estado no Senado Federal.

Waldemir Moka gastou, nos últimos quatro anos, mais de R$ 961 mil, enquanto o colega Pedro Chaves, que ainda não definiu se concorrerá ao cargo novamente, é o mais “mão aberta” proporcionalmente, ou seja, por mês ele gasta mais do que o emedebista.

Em um cálculo simples, Moka gasta por ano R$ 240 mil em quatro anos, enquanto Pedro Chaves gasta R$ 252 mil em três anos, sendo que no total ele “queimou” mais de R$ 756 mil no período.

Segundo os dados presentes no site da ONG Ranking dos Políticos, o senador Moka gastou em 2015 R$ 318.723,61, em 2016 foram mais R$ 265.638,06, em 2017 outros R$ 249.514,63 e, em 2018, até agora foram R$ 127.093,45, totalizando R$ 960.969,75.

Os gastos do parlamentar sul-mato-grossense incluem aluguel de imóveis para escritório político (incluindo despesas concernentes a eles) e aquisição de material de consumo para uso no escritório, inclusive aquisição ou locação de software, despesas postais, aquisição de publicações, locação de imóveis e de equipamentos.

A relação ainda traz ainda a contratação de consultorias, assessorias, pesquisas, trabalhos técnicos e outros serviços de apoio ao exercício do mandato parlamentar, divulgação da atividade parlamentar, locomoção, hospedagem, alimentação, combustíveis e lubrificantes, passagens aéreas, aquáticas e terrestres nacionais e serviços de segurança privada.

Já o senador Pedro Chaves, conforme os dados presentes no site da ONG Ranking dos Políticos, gastou em 2016 R$ 245.642,00, em 2017 foram R$ 390.391,14 e, em 2018, até agora, outros R$ 119.935,08, somando R$ 755.968,22.

Os gastos do parlamentar sul-mato-grossense incluem aluguel de imóveis para escritório político, aquisição de material de consumo, locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis. Também fazem parte da lista a contratação de serviços de apoio ao parlamentar, divulgação da atividade parlamentar, passagens aéreas, aquáticas e terrestres nacionais e serviços de segurança privada.