Uma vez cigarreiro, sempre cigarreiro! PM aposentado é preso com 10 mil maços

A vida do crime é um vício para determinadas pessoas, que não conseguem sair da prática criminosa mesmo depois de ter uma segunda chance. Esse é caso do sargento PM Flaudemir Justino Alves, 50 anos, que está aposentado e foi preso pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) novamente na última quinta-feira (15) por contrabandear cigarros do Paraguai.

Ele caiu no município de Anastácio (MS) contrabandeando mais de 10 mil maços de cigarros de origem paraguaia durante fiscalização no km 260 da BR-419. O sargento PM estava dirigindo uma caminhonete Toyota Hillux, com placa de Jardim (MS), e não respeitou a ordem de parada dada pelos policiais rodoviários federais, que tiveram de persegui-lo e só conseguiram pará-lo em frente a um supermercado da cidade de Anastácio.

Além do sargento PM aposentado, também estava na caminhonete um passageiro de 37 anos de idade. Flaudemir Justino Alves declarou ter pego o veículo em Bela Vista (MS) e iria até Anastácio, onde receberia R$ 1,5 mil pelo transporte. O passageiro identificou-se como dono da mercadoria e disse ter pago R$ 11 mil pela carga. Os envolvidos, o automóvel e os cigarros foram encaminhados à Polícia Federal em Campo Grande.

Reincidente

Em 2011, o sargento PM Flaudemir Justino Alves, que ainda estava na ativa, o capitão PM Edival Alves Calixto, o soldado PM Vanilson Nogueira da Costa, o cabo PM Wanderlei Leite Alves, o cabo PM Roberto Mendes e o soldado PM Nivaldo Mancuelho Portilho foram presos por receberem propina para fazer “vista grossa” aos comboios de cigarros contrabandeados do Paraguai, além de escoltarem as cargas de contrabando de cigarros paraguaios.

A quadrilha de policiais militares trabalhavam para Alcides Carlos Grejianin, mais conhecido como “Polaco”, que é apontado como líder do esquema criminoso de contrabando de cigarros do Paraguai. Ainda faziam parte da quadrilha, o filho de Polaco, Denis Marcelo Grejianin, o cunhado de Polaco, Antônio Romero Jorge Pereira, que era casado com irmã do contrabandista e seria “laranja”, o também contrabandista e motorista Jorge Antonio Leite Ritir e o também contrabandista e motorista Márcio José Valles Cardoso.

No mesmo ano, o sargento PM aposentado Flaudemir Justino Alves e o capitão PM Edival Alves Calixto foram colocados em liberdade por decisão do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Eles e os outros integrantes da quadrilha tinham sido presos na Operação Alvorada Voraz, deflagrada no dia 23 de novembro de 2011, em combate ao contrabando de cigarros do Paraguai para Mato Grosso do Sul. Os dois policiais militares tiveram o habeas corpus em caráter liminar concedido pelo desembargador Carlos Eduardo Contar, que na época atuava na 2ª Turma Criminal do TJMS.