Traficantes usam pacotes de doces pata levar cocaína do Paraguai para a Austrália e a Ásia

Traficantes usam pacotes de doces para levar cocaína do Paraguai para a Austrália e Sri Lanka

Agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai) desarticularam o esquema de uma rede de tráfico de cocaína do país vizinho para a Austrália e Sri Lanka utilizando pacotes de doces para crianças.
A rede de narcotraficantes estaria instalada na cidade de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã (MS). Os traficantes tentaram enviar dois pequenos carregamentos de cocaína camuflados como doces para o Sri Lanka e à Austrália, respectivamente.
As embalagens foram detectadas e apreendidas na área de embarque do Aeroporto Silvio Pettirossi, na cidade de Luque, no Paraguai, e abertas no escritório de atendimento permanente do Palácio da Justiça de Assunção, capital do Paraguai.
Segundo a contagem feita por agentes da Senad, o pacote que foi destinado ao Sri Lanka continha 742 gramas da droga, enquanto o destinado à Austrália continha 760 gramas de cloridrato de cocaína, totalizando 1 quilo e 502 gramas da substância.
As duas caixas confiscadas estavam cheias de balas de aniversários de crianças e pacotes de doces. Os narcotraficantes mudaram os doces para pequenas porções da droga prensada e moldaram artesanalmente para não levantar suspeitas.
Ambos os pacotes foram entregues no escritório internacional de encomendas localizado na cidade de Yby Yaú, em Concepción, dois dias antes de serem detectados no aeroporto de Luque.
No entanto, a pessoa que foi responsável pelo depósito das caixas deu uma identidade que não correspondia e o escritório não tinha câmeras de circuito fechado que possibilitariam a identificação do traficante.
De acordo com as autoridades paraguaias, os narcotraficantes costumam usar essa estratégia para enviar drogas para várias partes do mundo, já que a segurança dos escritórios de encomendas é fácil de violar.

 

Investigações

A investigação sobre o deputado foi aberta em março do ano passado a partir da delação premiada de executivos da Odebrecht. Em depoimentos, eles disseram que destinaram R$ 50 mil para a campanha de Loubet em 2010 por meio das empresas Leyroz de Caxias Indústria e Logística e Praiamar Indústria e Comércio Distribuição.

Na delação premiada, o ex-executivo da Odebrecht Alexandrino Alencar, disse que Braskem, pertencente ao grupo, tinha interesses no Mato Grosso do Sul em projetos petroquímicos na fronteira com a Bolívia. Por isso, prometeu a Loubet R$ 50 mil, a serem pagos por meio do departamento de propina da empresa. A Polícia Federal (PF) concluiu que Vander Loubet cometeu crime ao receber R$ 50 mil de “caixa 3” na eleição de 2010.