Traficante mais procurado do Paraguai deu refúgio para PCC que atacou blindado. Associação desastrosa.

O traficante paraguaio mais procurado do país, Clemencio González, mais conhecido como “Gringo”, foi quem deu abrigo em sua fazenda em Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil, para a célula da organização criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) que atacou dois caminhões blindados da empresa de transporte de valores Yrendagué, na região do Chaco.

A informação foi confirmada ontem (9) por funcionários do Ministério do Interior do Paraguai e por agentes da Polícia Nacional, que na última terça-feira (8) prenderam os integrantes do PCC que, no dia 18 de julho, atacou dois caminhões blindados da empresa Yrendagué que iam para Assunção.

O ataque tinha ocorrido no quilômetro 170 da Rota Transchaco, área Montelindo, no Departamento de Presidente Hayes. O comando armado não levou nada de dinheiro porque os caminhões estavam quase vazios. Apenas um deles estava cheio de prata, mas seus ocupantes conseguiram iludir a operação dos criminosos.

Após o ataque, os membros do PCC tomaram de assalto uma estadia situado a apenas 15 km, onde tomaram como reféns os ocupantes e permaneceram escondido durante três dias, até 21 de julho, quando novamente escaparam duas horas antes de a Polícia invadir o local.

Eles não podiam deixar o país sem ser detectados e, por isso, passaram vários dias no mato, até que eles foram recebidos pelo fugitivo Clemencio González, o “Gringo”, o traficante de drogas mais procurado do Paraguai.

“Gringo”, no âmbito de uma aliança estratégica com o PCC, deu estadia aos criminosos na Fazenda “Cristo Rey”, localizada na Colônia Lorito Picada, a 40 quilômetros do centro de Pedro Juan Caballero.

O esconderijo foi descoberto quando os membros do PCC participaram de algum tipo de festa com sete mulheres na piscina da propriedade. Durante a batida policial, foram detidas 16 pessoas, a maioria delas participou do assalto.

“Gringo” é fugitivo desde 17 de janeiro de 2015, quando ele resgatou da sede da Polícia de Amambay, em Pedro Juan Caballero, um carregamento de 252 quilos de cocaína que tinham sido apreendidos uma semana antes. Embora supostamente seja procurado, ele anda livremente pelo Departamento de Amambay.