Tereza Name é desmentida por advogados a respeito de mina de Jamil Name em MG. Vai vendo!

Os advogados Rhiad Abdulahad e Danny Fabrício Cabral Gomes desmentiram a declaração da ex-vereadora Tereza Domingos Name, esposa do empresário campo-grandense Jamil Name, 82 anos, preso desde o dia 27 de setembro de 2019 sob acusação de chefiar milícia armada responsável por várias execuções em Mato Grosso do Sul, de que não seria verdade a história de uma mina de ametista que fatura R$ 1 bilhão por ano de propriedade do esposo.

Segundo o site O Jacaré, Rhiad Abdulahad e Danny Fabrício Cabral Gomes garantem que a mina de ametista existe, pertence a Jamil Name e já pediram o bloqueio dela para garantir o pagamento da indenização de R$ 6,7 milhões ao empresário José Carlos de Oliveira. Trata-se da Mineradora Franca, em Gouveia (MG), que está em nome do casal Tereza e Jamil Name,

A polêmica sobre a mina começou com a revelação do relatório feito pelos peritos nomeados pela Justiça. Durante a entrevista, Name revelou a existência da mina de ametista, que chegou a faturar R$ 1 bilhão. Ele contou ainda ter direito a R$ 41 bilhões em precatórios, valor equivalente a três orçamentos do Estado de Mato Grosso do Sul.

Ao rebater comentário do jornalista Dante Filho, na página de O Jacaré, no Facebook, Tereza afirmou que o marido “está senil” e não teria falado a verdade na perícia médica. “Falou coisas com as quais sonhava, a mina não existe. Mandou ver uma, não tinha nada”, afirmou a ex-vereadora, famosa na Capital pelo trabalho social na periferia.

No entanto, conforme documentos, Tereza e Jamil pagaram R$ 498 mil em propriedades em Gouveia, interior de Minas Gerais, em junho de 2017, onde existe uma mina de minério. No local funciona a Mineradora Franca, em nome do empresário e da ex-vereadora, que tem capital social de R$ 300 mil e conta com 19 funcionários. O faturamento oficial do local seria de R$ 240 mil.

O advogado Rhiad Abdulahad confirmou que pediu o bloqueio da área de extração de minério. O objetivo é garantir o pagamento da indenização de R$ 6,7 milhões a José Carlos, o empresário que teria sido extorquido pelos Names, Jamil pai e filho, e perdeu o patrimônio construído ao longo de 40 anos.

Ele detalha que não se exige que o réu esteja, por si só, praticando atos que se destinam a frustrar eventual indenização ao autor, mas, é possível considerar, inclusive, que em desfavor dos Name tramitam diversas ações penais, já mencionados pelo cometimento de delitos de diversas naturezas, cada qual com aptidão para fixar o dever de indenizar por parte dos réus, pelo qual responderão seus patrimônios.

Uma das casas do empresário, no Jardim Monte Líbano, foi usada pela organização criminosa para esconder o arsenal de guerra encontrado pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) em maio de 2019. A apreensão foi fundamental para a deflagração da Operação Omertà, que prendeu Jamil Name no dia 27 de setembro de 2019.

Conforme o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Jamil Name comanda a maior e mais estruturada organização criminosa na história de Mato Grosso do Sul. O termo foi usado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para negar habeas corpus pedido pela defesa do octogenário.

Atualmente, Jamil Name está com Covid-19 e internado em estado grave no hospital particular de Mossoró. De acordo com a esposa, o seu estado de saúde é gravíssimo. Ao contestar as declarações de Jamil, Tereza ressaltou que o marido emagreceu 50 quilos e ficou muito debilitado na prisão.