Sob pressão do Brasil, Paraguai analisa reabrir fronteira, mas empresários estão pessimistas

O Governo do Paraguai não planejou até o momento nenhuma data para a reabertura da fronteira, mas já admitiu estar analisando um protocolo que permitirá a entrada dos consumidores brasileiros em determinados horários do dia. No entanto, a previsão de empresários que mantém negócios em Ciudad del Este, Pedro Juan Caballero, Encarnación e Salto del Guairá é de que a fronteira não seja reaberta antes de dezembro em razão das medidas que estão sendo tomadas no Paraguai para contenção da Covid-19.

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, tem pressionado o país vizinho para essa reabertura.

A previsão também é baseada no que vem afirmando frequentemente o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, em suas entrevistas. Segundo o presidente, a fronteira e as escolas serão as últimas a serem reabertas no país. Quanto às escolas, o Paraguai já definiu que só reabrirão no mês de dezembro. Todas as decisões anunciadas pelo Presidente Mario Abdo Benítez contam com o apoio massivo da opinião pública do país.

 “O Paraguai fez uma opção de isolamento total desde o dia 10 de março e vem cumprindo isso até então. Não é agora que o Brasil está entrando no seu pico de coronavírus que eles vão abrir a fronteira. Acredito que vai ter aí mais uns dois meses de pico alto do vírus no Brasil e é isso que o governo do Paraguai está olhando. Enquanto isso, não há nenhuma possibilidade de abrir a fronteira. Acreditamos que vai possivelmente até dezembro” disse o empresário sócio da CellShop, Jorbel Griebeler.

De acordo com Griebeler, a opinião popular de apoio as medidas tomadas pelo Governo, impendem qualquer tipo de pressão para reabertura da fronteira. “A opinião popular está apoiando totalmente as ações do governo, do Ministro de Saúde, então não somos loucos de pedir para abrir a fronteira, com o governo tendo toda essa popularidade com a as ações tomadas para precaução do vírus” disse o empresário. “Quem coordena as medidas é o Ministro de Saúde e ele é bem claro sobre isso. Abertura de fronteira não entra na pauta de forma alguma” concluiu Griebeler.