Sindicalista tarado e safado é preso pela Polícia Federal em operação contra pornografia infantil

Ao cumprir 12 mandados de busca e apreensão nos municípios de Bonito e Campo Grande expedidos pela 5ª Vara Federal de Campo Grande como parte da Operação Patruus II, a Superintendência Regional da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul prendeu  Moisés Sanches Marques, 38 anos, que trabalhava como diretor de comunicação e relações públicas no Sindasp-MS (Sindicato dos Agentes de Segurança Patrimonial Públicos de Mato Grosso do Sul).

Ele é acusado de armazenar conteúdo de pornografia infantil.

 Ainda de acordo com a PF, Moisés usava o computador do sindicato que fica em Campo Grande para armazenar imagens de pornografia infantil, sendo que o equipamento era de uso exclusivo dele. Além do sindicalista, um jovem foi preso em flagrante por porte de drogas. Ao cumprir o mandado de busca e apreensão a polícia encontrou 200 gramas de maconha.

Foram 12 mandados de busca e apreensão, sendo 11 em Campo Grande, e 60 agentes envolvidos. Entre os mandados da Capital, sete foram cumpridos em residências e quatro de empresas, como o sindicato e uma empresa provedora de internet. A localização dos suspeitos foi graça a união de uma empresa norte americana com a PF.

Conforme o delegado que comanda a investigação, Marcelo Alexandrino de Oliveira, a empresa localizou IPs – número que computador recebe quando se conecta à internet -, de computadores que faziam armazenamento ou compartilhamento dos conteúdos de pornografia infantil e repassou para a Polícia Federal brasileira.

“Foi se o tempo em que um pedófilo ou qualquer outra pessoa que compartilhe material pornográfico infantil por meio da internet dificilmente não era identificado, a tecnologia avançou e hoje em dia a PF consegue identificar em tempo real qualquer pessoa que baixe conteúdo de pornografia infantil pela internet”, explicou o delegado.

Entenda a Operação

As investigações tiveram início por meio de informações advindas de instituições que trabalham ajudando a encontrar crianças desaparecidas, e no combate à exploração sexual de crianças. Isto demonstra o empenho da PF em investigar com base nas informações repassadas pela sociedade.

Ao longo das investigações realizadas pela Delegacia de Defesa Institucional da SR/PF/MS foram identificados 12 suspeitos, sendo um no município de Bonito e 11 na Capital. O tráfego de arquivos contendo pornografia infantil através da internet, configura crime previsto no artigo 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente, cuja pena pode chegar a 6 anos de reclusão, além de multa.

A operação foi denominada de “Patruus”, que em latim significa tio. Em julho deste ano a PF prendeu um indivíduo que abusava sexualmente da sobrinha. Esta operação é uma continuidade no combate a este tipo de delito. Todos os materiais das buscas e apreensões serão trazidos para a sede da Superintendência Regional da PF em Mato Grosso do Sul, a fim de instruírem procedimento investigatório.