Será que eles já chegaram por lá? PCC seria responsável por explosão em prisão da Bolívia

A facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) deu mais um importante passo no seu plano de domínio do tráfico de drogas e armas na América do Sul. Depois de tocar o terror no Paraguai, agora os “soldados” do grupo criminoso chegou à Bolívia, onde são apontados como os autores de uma explosão dentro de um presídio do país vizinho pelo próprio governo boliviano.

Pelo menos dois prisioneiros morreram e 26 ficaram feridos na explosão. A explosão na noite de ontem (16) na prisão de Mocoví teria sido uma granada, disse o ministro interino boliviano do Interior, Arturo Murillo, à mídia em La Paz.

As autoridades estão investigando se a granada pode ser enviada da prisão de El Abra, na cidade central de Cochabamba, para a de Mocoví, na região amazônica de Trinidad, disse Murillo. O ministro interino disse que oito dos feridos ainda estão em hospitais, enquanto os outros 18 foram liberados.

“Uma investigação rápida” atribuiu a explosão aos prisioneiros brasileiros do PCC, de “alto perigo” e que tentam “mostrar seu poder” nas prisões bolivianas, para ordenar seu isolamento e estudar a maneira de entregá-los ao país, A autoridade disse. “Vamos mostrar o poder da polícia boliviana”, disse o ministro interino sobre esses detentos, cerca de nove distribuídos em várias penitenciárias na Bolívia.

A autoridade disse que os controles de fronteira como o Brasil na região boliviana de Beni, onde fica Trinidad, estão sendo fortalecidos, de maneira coordenada entre Polícia e Imigração para impedir a entrada de suspeitos de serem criminosos.

A Polícia Boliviana desenvolveu o horário local de operação nesta manhã para reforçar a segurança nas prisões do país, com o envio de centenas de policiais, após o que o Ministério do Governo descreveu nas redes sociais como um “ataque explosivo” na prisão de Mocoví.

As prisões na Bolívia sofrem, em muitos casos, problemas de superlotação, com episódios violentos em algumas delas. Um relatório parlamentar revelou no ano passado que as prisões bolivianas tinham cerca de 19 mil presos, 330% acima da capacidade de 5,8 mil presos, a maioria presos preventivos aguardando sentença.