Sem a grana dos radares fixos, Marquito manda Agetran usar os móveis e ficar na espreita dos motoristas

A impossibilidade de arrecadar em razão da desativação dos radares fixos e lombadas eletrônicas em decorrência do fim do contrato com a empresa dona dos equipamentos fez com que o prefeito Marquito Trad colocasse em prática uma nova alternativa de tirar dinheiro dos motoristas de Campo Grande: o uso de radares móveis.

Desde o início desta semana, os agentes de trânsito da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) estão utilizando dois radares móveis para multar os motoristas que ultrapassam a velocidade máxima permitida nas principais vias da cidade, ou seja, 50 km/h. No entanto, segundo a Agetran, a fiscalização móvel será ampliada com a compra de mais equipamentos.

A única indicação para os motoristas é uma placa informando que a via pode ser fiscalizada por radar móvel a qualquer momento. Infelizmente, a legislação exige apenas essa placa com limite de velocidade na via, porém, não deixa de ser uma clara demonstração da gana arrecadadora do prefeito, que cria um verdadeiro caça níquel armado contra os motoristas para conseguir dinheiro para honrar os compromissos com os milhares de comissionados contratados na sua gestão.

Portanto, caros condutores, olho vivo, pois, quando menos você esperar, pode ser multado. A princípio, a Agetran vai focar nas vias mais movimentadas da cidade, porém, a intenção é estender a “fiscalização surpresa” para todos pontos de Campo Grande. Afinal de contas, canja de galinha e dinheiro não fazem mal a ninguém.

No entanto, o problema não para por aí, pois até o fim do ano os radares fixos e as lombadas eletrônicas também voltam a operar, aumentado a arrecadação da indústria da multa.

Um dos exemplos disso pode ser visto ontem à tarde na rua Paulo Coelho Machado, ao lado do shopping Campo Grande. O local há anos é usado como estacionamento pelos motoristas, mesmo com as placas de proibido estacionar. Os agentes apareceram por lá e multaram todo mundo, numa ação tipo arrastão. Parabéns Agetran, vamos ver se ao longo da Júlio de Castilhos, por exemplo, a medida também será adotada.