Saúde em caos. Sem leitos de UTI neo-natal Marquito vai gastar dinheiro público para contratar rede privada.

A crise na saúde pública de Campo Grande só fica mais grave a cada dia que passa graças, em grande parte, à inoperância do prefeito Marquito Trad. O mais novo golpe sobre as costas da população é a falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para os recém-nascidos, a famosa UTI Neonatal, pois a Maternidade Cândido Mariano ameaça fechar dez de uma única vez.

O hospital tem a maior unidade neonatal de Mato Grosso do Sul e faz, em média, 9 mil partos por ano. O hospital alega dificuldades financeiras e diz que a suspensão de um repasse mensal de R$ 200 mil do Governo do Estado, desde dezembro de 2016, contribuem para o fechamento de leitos.

 Para solucionar a crise, o nosso grande prefeito propôs a contratação de leitos de UTI Neonatal dos hospitais particulares que atendem em Campo Grande, ou seja, é a velha solução do cobertor de pobre, que cobre a cabeça e descobre os pés. Senhor prefeito, se não tem dinheiro para manter em dia o repasse para a Maternidade Candido Mariano, quem garante que terá para pagar a rede privada pelo serviço?

Enquanto isso, a direção da maternidade enviou um ofício para as secretarias estadual e municipal de Saúde, Conselho Regional de Medicina e Ministério Público, informando sobre o fechamento dos leitos, caso nenhuma providência seja tomada.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que não foi notificada oficialmente sobre o caso, mas vai analisar como interferir para que os leitos não sejam fechados. Já a Secretaria Estadual de Saúde disse que tenta resolver a situação, mas confirmou que o repasse foi suspenso e o motivo é que a maternidade não estaria cumprindo metas previstas no contrato.

Hoje, a Maternidade Candido Mariano tem 26 leitos de UTI Neonatal, que recebem cerca de 350 prematuros anualmente. A nova unidade foi construída há um ano e meio e, para funcionar, houve um acordo para financiamento por parte do Estado e Prefeitura de Campo Grande, por isso, cada um repassa R$ 200 mil por mês.

Segundo a direção, muitos equipamentos da nova unidade são alugados e, por conta do atraso no repasse, nem esses pagamentos têm sido feitos. Outra consequência é que os salários de alguns médicos estão atrasados.

O Conselho Regional de Medicina disse que vai acompanhar de perto a situação.