Ronaldinho rompe silêncio e diz que está se apoiando nos amigos para aguentar a prisão em hotel

Preso há mais de um mês em Assunção, capital do Paraguai, o ex-jogador de futebol brasileiro Ronaldinho Gaúcho concedeu uma entrevista ao jornal ABC Color no luxuoso Hotel Palmaroga, onde está cumprindo prisão domiciliar junto com o irmão Roberto Assis.

Na entrevista exclusiva ao jornal, ele fala que está passando por uma situação difícil e que só consegue aguentar graças ao apoio dos amigos. “Tenho muita fé em Deus e sempre faço as minhas orações para que as coisas terminem bem e oxalá que dentro de pouco tempo isso tudo acabe”, disse Ronaldinho Gaúcho, referindo-se à prisão por porte de documentos paraguaios falsificados.

Sobre o motivo de ter ido ao Paraguai, o ex-jogador revela que foi contratado para um evento privado. “Todos sabem que vim para o Paraguai para cumprir o contrato assinado pelo meu irmão, que é o meu representante legal. E, neste caso em particular, viemos participar de um lançamento de um cassino online e para o lançamento do livro Craque da Vida, que foi assinado no Brasil pela empresa que detém o direito de exploração financeira do livro no Paraguai”, afirmou.

A respeito da reação dele ao ser preso com passaportes e identidades falsas, Ronaldinho Gaúcho disse que ficou surpreso sobre o fato de os documentos serem falsos. “Desde então, a nossa intenção sempre foi colaborar com a Justiça para esclarecer toda a situação. Até hoje temos informado tudo que a Justiça nos solicita”, garantiu, reforçando que foi um golpe duro e nunca imaginou que alto semelhante aconteceria com ele e o seu irmão.

Ele também falou no período em que ficou preso na Agrupación Especializada, completando que as pessoas do local sempre lhe trataram bem. “Jogava futebol com elas, dava autógrafos e fazia fotos. Não tinha nenhum motivo para não fazer isso”, falou.

Sobre o posicionamento da Justiça do Paraguai, o ex-jogador espera que tudo que ele e o irmão informaram possa ser confirmado e que ambos sejam inocentados da acusação o mais breve possível. “A primeira coisa que pretendo fazer quando tudo isso acabar é dar um beijo na minha mãe, que está passando por uma situação difícil desde o início da pandemia do novo coronavírus aliada com o que aconteceu comigo e meu irmão. Depois quero seguir com a minha vida normalmente”, finalizou.