Região de fronteira registra uma nova execução 24h após médico e guarda-costas serem mortos

Não passaram nem 24 horas depois que o diretor-acadêmico de Faculdade de Medicina de Pedro Juan Caballero, Sandro Arredondo Lugo, e o guarda-costas do piloto de avião Fernando Olmedo Calonga, que supostamente era o alvo do ataque e ficou gravemente ferido, Leandro Steinhauser Franco, foram executados a tiros de fuzil para que fosse registrada uma nova execução na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, entre as cidades de Pedro Juan Caballero (PY) e Ponta Porã (MS).

Essa nova execução fez com que o número de assassinatos por pistoleiros chegasse a 34 no período de 1º de janeiro até o dia 28 de março, sendo 11 execuções em janeiro, 9 em fevereiro e 14 em março. Dessa vez a vítima é um suposto mecânico de motocicletas estrangeiras, que foi morto a tiros por pistoleiros em Bairro situado na cidade de Ponta Porã, identificado como Vitor Daniel Garcia da Silva, 21 anos.

O assassinato dele aconteceu por volta das 21h40 de ontem (28) quando se encontrava sentado no sofá de sua residência situada na Rua Engenheiro Maurício Dutra, no Bairro Salgado Filho, em Ponta Porã. Os pistoleiros teriam chegado a bordo de um veículo ainda não identificado e, após entrar na residência, realizaram aproximadamente sete disparos de pistola calibre 9 mm contra a vítima, que faleceu antes mesmos de receber atendimento médico.

Populares alertaram a Polícia Militar, que, após constatar a veracidade do fato, isolou a área até a chegada dos investigadores e dos agentes da Polícia Técnica, que realizaram os procedimentos de rigor e encontraram em um dos cômodos da residência duas motocicletas desmontadas além de cigarro de maconha. Segundo informações, os vizinhos realizavam constantes alertas à Polícia em razão de que na residência se aglomeravam jovens e adultos para consumir droga.

A Polícia não descarta que o jovem tenha sido executado em um ajuste de contas entre ladrões de motocicletas na região de fronteira, mas outras hipóteses não estão descartadas pelo SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil de Ponta Porã.