Que bonzinho! Traficante cria empresa fictícia no Paraguai para pagar seguro social a funcionário

jarvis-chimenes-pavo-aporto-como-patron-mas-de-un-ano-en-ips-_423_573_1429766Por mais de um ano, o traficante de drogas brasileiro Jarvis Chimenes Pavão apareceu como um contribuinte do Instituto de Seguridade Social do Paraguai, para o qual ele criou uma empresa fictícia para poder pagar a aposentadoria de apenas um funcionário.

Ironias da vida, você poderia dizer. Jarvis Chimenes Pavão, traficante de drogas brasileiro que construiu um império gigantesco com base no crime organizado e cuja organização é acusada de crimes violentos sem fim, se preocupava em fazer o pagamento de contribuição de aposentadoria de um único empregado.

“Ele figurava como patrão”, comentou o chefe da Direção de Contribuição Patronal do Instituto de Seguridade Social do Paraguai, Nery Cañete, explicando que, antes de o sistema identificar o traficante, ele tinha registrado uma empresa para empregar o tal funcionário e, dessa forma, fazer o pagamento da Previdência.

Por meio dessa empresa, Jarvis Chimenes Pavão registrou-se como contribuinte empregador no Instituto de Seguridade Social do Paraguai a partir de junho de 2015. No entanto, em setembro deste ano, quando fizeram a verificação da casa onde ele disse que funcionava a sede da sua empresa, ou seja, na Rua Espanha, 266, em Tacuary, descobriu-se que no local tinha na verdade uma residência privada desabitada.

De acordo com documentos do Instituto de Seguridade Social do Paraguai, Jarvis Chimenes Pavão tinha até apresentado um documento alegando que a empresa teria mudado de endereço. No entanto, após consultas com os vizinhos, os inspetores confirmaram que, na verdade, as instalações da tal empresa nunca tinham existido ou operado no lugar.

“Com isso, acabou a figura de Jarvis Chimenes Pavão como contribuinte empregador do Instituto de Seguridade Social do Paraguai”, declarou Nery Cañete, que disse que a situação foi detectada por meio dos endereços das contribuições previdenciárias pagas pelo narcotraficante.

Depois disso, decidiu-se cortar a previdência do único empregado oficialmente declarado pelo narcotraficante e o fundo foi enviado à Auditoria do Instituto para o início de um inquérito.