Quarentena imposta no Paraguai faz com que comerciantes decretem falência. Vai vendo!

Os comerciantes de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), estão fechando as portas em definitivo devido ao bloqueio da fronteira imposto pelo próprio Governo para combater o avanço da pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19). Eles mencionam que o movimento interno não gera os recursos necessários para pagar os salários e aluguéis de seus trabalhadores.

“Hoje estamos falando de um alto grau de desemprego e um grande número de desempregados. Existem muitas empresas que estão fechando. Já estávamos vindo de anos muito complicados e com essa pandemia não há realmente outra ”, disse Víctor Barreto, presidente da Câmara de Comércio da capital do Departamento de Amambay.

Ele comentou que, do lado da saúde, tudo está indo muito bem, porque não há muitos infectados com coronavírus, mas que, do lado comercial, a situação se tornou muito difícil. A economia de Pedro Juan Caballero é praticamente 100% dependente do comércio e do turismo, setores completamente inativos, afirmou.

Nossa economia foi baseada nas universidades da carreira médica, pois tínhamos estrangeiros suficientes. Conversamos sobre 10 a 12 mil estudantes gerando US$ 10 mil por mês e isso foi perdido. Afeta a parte gastronômica, aluguel e moradia. O fechamento afetou bastante a economia “, enfatizou.

Shopping China

Já circularam boatos de que o Shopping China, maior loja de importados da América Latina, não abriria mais em 2020. Depois os rumores foram que de o fechamento seria para sempre. Só no Shopping China, são pelo menos três mil trabalhadores que tiveram o contrato de trabalho encerrado.

Informações do Grupo Cogorno, dono do Shopping China e do Planet Outlet, garantem que as lojas vão continuar fechadas enquanto durar a pandemia, mas não confirmou fechamento em definitivo dos dois estabelecimentos. Os representantes do Grupo não projetaram data para a reabertura, pois o setor de importados depende da fronteira aberta.

Para justificar as demissões, o grupo informa que 99% dos clientes do Shopping China são do Brasil, atualmente a nação com a maior infecção do vírus na América Latina, e, por isso, vai levar tempo para voltar ao que era antes e, no momento, o mais importante é salvar vidas.