Presa quadrilha que roubava carros no Brasil e Argentina e “esquentava” no Paraguai para criminosos

Agentes da Polícia Nacional do Paraguai desarticularam uma quadrilha de arrastadores de veículos que agia na Argentina e no Brasil e levava para o país vizinho para regularizar e entregar aos traficantes de drogas e de armas. Durante a operação policial foram presos oito integrantes do grupo criminoso, que entrava no Paraguai, onde falsificavam a documentação para legalizar os automóveis e, em seguida, comercializá-los com traficantes de drogas e de armas, bem como pistoleiros.

Miguel Ángel Alviso Mareco, 23 anos, Alfredo Domingo Agujero Quintero, 34 anos, Carlos Daniel Valenzuela Sánchez, 22 anos, Gustavo Joel Valenzuela Sánchez, 18 anos, Alci Daniel Marín Cardozo e Luciano, que foram detidos entre a tarde de quinta-feira (22) e início da manhã de ontem (23), enquanto Martín Olmedo Espínola, 18 anos, e Juan Martín Olmedo Villalba, 42 anos, foram detidos pelos agentes anteriormente.

Com a quadrilha de arrastadores de veículos, os policiais paraguaios apreenderam uma SUV Honda HR-V, uma SUV Hyundai Tucson, uma caminhonete Toyota Hilux, uma SUV Audi Q5 e uma Mercedes Benz C 200. Toda a operação foi conduzida pelo promotor de Justiça Hugo Volpe e pelo chefe de Polícia César Silguero, que coordena o Departamento Contra o Crime Organizado da Polícia Nacional do Paraguai.

“Através de um trabalho de inteligência, foi possível detectar uma organização criminosa que introduzia no Paraguai os veículos roubados no Brasil e na Argentina. No país, eles falsificavam os documentos para legalizar os veículos para depois vender, principalmente, às organizações criminosas que os utilizavam para o tráfico de drogas e de armas para o Brasil com o uso de fundos falsos”, detalhou o promotor Hugo Volpe.

Além disso, o Ministério Público do Paraguai presume que essa quadrilha seria a responsável pela venda dos veículos utilizados pelos pistoleiros que mataram, no dia 2 de janeiro do ano passado, em Assunção, capital paraguaia, o traficante Paulo Jacques. Esse criminoso era ligado ao traficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, que atualmente está preso no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, depois que foi extraditado para o Brasil.