Polícia Federal de MS mostra competência contra tráfico, mas ainda está enrolada com a Lama Asfáltica

Ex-governador Puccinelli e o delegado da PF, Cleo Mazzotti
Veículos apreendidos pela PF na operação "All In" (Foto: Marcos Ribeiro/TV Morena)
Veículos apreendidos pela Polícia Federal na operação All In; (Foto: PF/Divulgação)
De acordo com a Polícia Federal, os traficantes contavam com a participação de aproximadamente 30 pessoas, que atuavam em várias funções de logística e transporte de entorpecentes. Despachantes ajudavam na compra de veículos, advogados falsificavam documentos, atuavam na defesa de integrantes da quadrilha e ajudavam na distribuição de drogas.

Eles ainda usavam laranjas para fazer transferências bancárias, registrar e transferir imóveis, veículos e até aeronaves. As vítimas eram pessoas com doenças graves, moradores de rua e principalmente usuários de drogas.

Leia mais sobre essa história no site do G!/MS no link abaixo:

http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2017/03/quadrilha-usava-nomes-de-usuarios-de-drogas-e-mendigos-para-o-trafico.html

Aeronaves apreendidas no aeródromo sequestrado de Corumbá (Foto: PF/ Divulgação)
Aeronaves apreendidas no aeródromo sequestrado de Corumbá (Foto: PF/ Divulgação)

E A LAMA ASFÁLTICA? BRASÍLIA MANDOU PARAR?

Operação Lama Asfáltica que é considerada uma das maiores operações contra a corrupção em Mato Grosso do Sul está literalmente parada na Superintendência da Polícia Federal de MS, na Controladoria Geral da União e no Ministério Público Federal e na Justiça Federal do Estado.

Órgãos que há dois anos trabalharam a todo vapor e hoje nem lembram mais que isso existe.

Vale lembrar que Puccinelli esteve recentemente reunidos com o presidente Temmer, será que a ordem partiu de lá?

giroto-cadeia1-horzO esquema de desvio de recursos públicos, principalmente durante as administrações do ex-governador André Puccinelli de 2007 a 2014 e tem como dois principais envolvidos o empreiteiro João Amorim e o ex-deputado Federal, Edson Giroto, ligados estritamente a Puccinelli,  pode ter gerado um prejuízo aos cofres públicos de R$ 2 bilhões de reais.

Pois é, desde julho do ano passado, os agentes da PF não apresentam nenhuma novidade sobre o caso. As últimas foram contra o staff de primeiro escalão do ex-governador, dando a impressão de que os tentáculos da investigação chegariam a André Puccinelli em breve, assim que os dados e documentos levantados começassem a ser decifrados.

No entanto, as investigações pararam e apenas Edson Giroto, homem de confiança de André, que ocupou cargos estratégicos em sua administração, continua atolado até o pescoço nas provas até agora levantadas, sendo preso por três vezes.

puccineli-giroto1Além dele, o empreiteiro João Amorim e o empresário João Baird também são investigados na Lama. Os dois tinham ligações estreitas com Puccinelli, ao ponto de o ex-governador usar o avião do segundo em várias ocasiões quando era governador.

Porém, ao invés de focar no assunto, a PF resolveu desviar, estranhamente, a atenção para outros casos, como o da “Operação Licitante Fantasma”, que, conforme o delegado da Polícia Federal Cleo Mazzotti e do superintendente da CGU (Controladoria Geral da União), José Paulo Barbieri, analisou e investigou as licitações feitas no período de 2011 a 2014, sendo que as investigações iniciaram oficialmente em 2013. Quatro anos depois, a operação foi deflagrada, cumprindo quatro mandados de busca e apreensão.