Polícia da Bolívia prende na fronteira chefão do PCC envolvido no roubo a carro-forte

carro-forte-bolíviaA Polícia da Bolívia prendeu o brasileiro Mariano Tardelli, principal conexão da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no país vizinho, por envolvimento no assalto a um carro-forte da Brinks e que levou US$ 1,3 milhão.

Ele foi capturado no distrito de Naranjo, em Puerto Suárez, no Departamento de Santa Cruz de La Sierra, a 20 quilômetros da fronteira com o Brasil, por Mato Grosso do Sul. O assalto ao carro-forte aconteceu na manhã do dia 30 março, em Roboré, e não era descartada hipótese de que Mariano e comparsas tentassem fugir para o Brasil.

Por isso, a Polícia Federal de Corumbá passou a intensificar a fiscalização na linha internacional, a fim de impedir a entrada em território nacional. Como também existia possibilidade de que a organização pudesse atravessar de avião, até mesmo a Força Aérea Brasileira (FAB) colocou à disposição o aparato militar usado na Operação Ostium.

Segundo o jornal boliviano “El Deber”, o brasileiro era conhecido no país vizinho como “Pablo Escobar do Sul”, pela participação ativa no controle do tráfico de drogas naquela região, bem como por ser generoso com moradores como forma de ganhar simpatia e apoio, assim como costumava fazer o barão da droga na Colômbia, Pablo Escobar.

Mariano era dono da fazenda localizada em Santa Ana de Chiquitos, onde houve confronto entre policiais e assaltantes algumas horas após o assalto. O imóvel foi confiscado pela Justiça. Os caseiros, identificados como sendo os irmãos Adalid Renan Surubí, 23 anos, e Lorenzo Antonio Surubí, 32 anos, funcionários do brasileiro, foram presos juntamente com Juan Andrés Vargas, 53 anos, dono da caminhonete de cor preta apreendida na propriedade e que teria sido usada para dar transporte aos criminosos.

Os demais envolvidos já foram identificados, mas ainda continuam foragidos em uma área repleta de pistas de pouso, por isso a hipótese do uso de aeronaves na fuga. O ministro de governo Carlos Romero informou que a fazenda, além de ser usada como entreposto do crime organizado e depósito de drogas, também era palco de treinamentos de tiro e atividades físicas realizados pelo PCC.