Polícia apreende na fronteira cavalos do vice-presidente do Paraguai contrabandeados do Brasil

Agentes do Detave (Departamento Técnico Aduaneiro do Paraguai) e da Polícia Nacional do Paraguai apreenderam, no domingo (07), em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), quatro cavalos de corrida pertencentes ao vice-presidente do país vizinho, Hugo Velázquez, e ao empresário Luis González Vaesken, irmão do governador do Departamento do Alto Paraná, Roberto González Vaesken, que estavam sendo contrabandeados do Brasil para o território paraguaio.

Segundo os agentes aduaneiros, os cavalos, todos de raça pura, custariam em torno de US$ 15 mil cada um e estavam sem a documentação necessária nos procedimentos de compra de animais de um país para outro. Os equinos eram transportados em um caminhão da marca Hyundai, cor branca, placa BGN-181, do Paraguai, e, além da falta da documentação pertinente, os animais não tinham licenças sanitárias.

A apreensão aconteceu na Colônia Chiriguelo, a 22 quilômetros de Ponta Porã, onde o condutor do caminhão informou que teria entrado pela fronteira com destino ao interior do Paraguai. O responsável pelo Departamento Aduaneiro do Paraguai em Pedro Juan Caballero, Néstor Rotela, vai definir as sanções a serem aplicadas contra os proprietários dos quatro equinos contrabandeados do Brasil.

Ele ressaltou que ontem (08) enviou à Alfândega o caminhão, assim como os quatro animais. As duas pessoas que estavam no veículo não tinham nenhuma documentação como guia de transferência ou certificados de controle de saúde. O vice-presidente Hugo Velázquez disse à Rádio Cardinal 730 AM que não tinha ideia de quem seriam os cavalos.

Uma fonte próxima ao vice-presidente disse que os animais foram adquiridos há cerca de 15 dias em São Paulo (SP) e que foram transferidos para o hipódromo de Ponta Porã (MS), de onde foram introduzidos ilegalmente no território paraguaio. Cada equino custaria cerca de US$ 15 mil e eles são de raça pura, especiais para corridas.

Segundo as autoridades alfandegárias, aqueles que transportaram os cavalos disseram que eram cargueiros e que não conheciam os donos. Eles também se recusaram a informar de onde os animais estavam vindo. No entanto, uma equipe do ABC Color documentou com fotografias o momento em que o caminhão circulou em território brasileiro, sua entrada no Paraguai e a permanência no posto do Detave.