Policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) do Estado do Rio de Janeiro apreenderam, na quarta-feira (19), no bairro Barra da Tijuca, na cidade do Rio, uma metralhadora Browning .50. Essa é a maior arma já apreendida no Estado do Rio e estava sendo negociada por traficantes por R$ 200 mil, sendo que duas pessoas foram presas no local: Thiago da Silva Lopes e Pablo Carvalho da Silva.
A arma, uma metralhadora antiaérea do Exército americano, mede 1,68 metro de comprimento e pesa 38 quilos, tendo a capacidade de disparar de 400 a 600 tiros por minuto. Essa arma, que teria entrado no Brasil via fronteira seca do Paraguai com Mato Grosso do Sul, é do mesmo modelo da usada por narcotraficantes da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) para executar, em 15 de junho de 2016, em Pedro Juan Caballero (PY), Jorge Rafaat Toumani, o “Rei da Fronteira”, que dirigia o utilitário Hammer preto blindado.
Segundo o delegado Delmir Gouvêa, titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas do RJ, nos últimos três dias a equipe estava só em cima disso. “E na quarta-feira (19) conseguimos prender os dois”, afirmou, completando que dois carros que faziam a escolta da metralhadora fugiram, assim como o receptor.
A arma estava “acautelada” na Rocinha antes de ser apreendida na Barra da Tijuca. Ainda de acordo com os investigadores, a metralhadora seria levada para fora do Rio, mas pararia antes nos morros da Fallet e do Fogueteiro, na região central da cidade carioca.
A arma será periciada no Instituto de Criminalística Carlos Éboli e pode ser incorporada ao Exército. “O dia que ela entrou na Rocinha, e como entrou, faz parte da investigação, e ela continua”, explicou o delegado, admitindo que a metralhadora .50 deve ter vindo do Paraguai via Mato Grosso do Sul.