Polaco depõe por 5 horas, nega “esquema” de venda de gado e frustra oportunismo político na campanha

O ‘Polaco’, corretor de gado José Ricardo Guitti Guimaro, que ficou conhecido como sendo um pivô no episódio sobre venda de gado em MS, depôs hoje durante 5 horas na sede da polícia federal onde está detido, acompanhado do seu advogado José Roberto Rosa.

Ele estava foragido e foi considerado pela Polícia Federal como um  possível delator ou fonte inicial para denuncias que desencadeou a “Operação Vostok” na semana passada, em Mato Grosso do Sul. As denúncias e ação investigatória foi o que levou a PF a prender 13 pessoas, em detenção temporária, que acabou no domingo.

No depoimento Polaco negou todas as acusações além de ter sofrido “qualquer tipo de ameaça” vinda de algum integrante do Governo.

Outro ponto deixado no depoimento contradiz as acusações da PF de que ele teria mantido contatos com o governador Reinaldo Azambuja para a venda de carne com notas falsas. Isso estaria sendo cometido como forma de justificar pagamentos  de propinas. Polaco também negou esse tipo de negócio.

O depoimento contradiz acusações de executivos da J&F contra integrantes da gestão de Reinaldo, apontando que benefícios fiscais para que frigoríficos da JBS operassem no Estado vieram em troca de pagamentos.

O depoimento de Polaco frustrou inclusive as pretensões políticas de grupos que estão tentando chegar ao poder no Estado e acreditavam nesse depoimento como “revelador” para usufruírem politicamente contra o atual Governo.

De acordo com o advogado do Polaco, José Roberto Rosa, o conteúdo completo do depoimento está sob sigilo, não podendo ser divulgado.