Pistoleiros executam 3 em menos de uma hora na fronteira. Número de mortes sobe para 62 no ano

A noite de ontem (13) foi extremamente violenta na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul com três execuções em menos de uma hora. Com essas mortes, o número de assassinatos na região sobe para 62 somente neste ano, sendo 11 em janeiro, 9 em fevereiro, 15 em março, 8 em abril, 9 em maio e 10 em junho.

As últimas três execuções foram em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS). O primeiro assassinato foi do jovem empresário brasileiro Rafael Romeiro Ribeiro, 28 anos, que foi executado a tiros quando transitava, por volta das 18h20.

Ele estava em companhia da esposa, identificada como a paraguaia Liz Paola Bobadilha, 19 anos, a bordo de um veiculo da marca VW-Fox, cor prata, placa QAP-6284, de Ponta Porã (MS), pela Rua Dr. Francia, onde os pistoleiros, a bordo de uma motocicleta, abordaram o veículo e realizaram aproximadamente 15 disparos de pistola do calibre 9 mm contra o para-brisa do carro.

O empresário ainda tentou fugir, acelerando o automóvel por uns 20 metros, mas, ao alcançar a linha fronteiriça, faleceu, enquanto a esposa ficou ferida, sendo socorrida e levada a uma clínica particular onde se encontra internada fora de risco de morte.

Investigadores da Divisão de Homicídios da Polícia Nacional do Paraguai e investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais) e agentes da Polícia Técnica, coordenado pelo delegado Alcides Bruno Braum, e o promotor de Justiça Marcos Amarilla, realizaram os procedimentos de rigor e encaminharam o corpo ao IML da cidade e o veículo da vítima, que ficou em território paraguaio, foi levado para a sede da Direção de Investigações Criminais de Casos Puníveis da Polícia Nacional do Paraguai.

O pai da vitima identificado como o empresário Paulinho Dionizio Ribeiro, 55 anos, que era proprietário do restaurante “Mel e Canela”, situada na Avenida Tenente Herrero esquina com a Rua Las Residentas, no Bairro General Diaz, em Pedro Juan Caballero, também foi executado na tarde do dia 19 de outubro de 2018, quando se encontrava em frente ao seu comércio e foi surpreendido por pistoleiros que realizaram vários disparos de pistola calibre 9 mm.

Outras mortes

Já por volta das 19h40 foram registradas as execuções dos paraguaios Martin Quintana Caballero, 54 anos, que tinha nove passagens pela Polícia por diversos casos, e Dario Castilho Espinosa, 54 anos, mais conhecido como “Patula”, que tinha três ordens de captura por homicídio. Eles encontravam-se na residência de “Patula”, localizada no Bairro Vila Guillermina, em Pedro Juan Caballero, onde foram surpreendido por dois pistoleiros que chegaram até o local a pé e sem mediar palavras realizaram 17 disparos de pistola calibre 9 mm contra os dois que faleceram antes mesmos de receberem auxilio médico.

Investigadores da Divisão de Homicídios e da Polícia Técnica apoiados pelo promotor de Justiça Marcos Amarilla e pelo medico legista Cesar Gonzalez realizaram os procedimentos de rigor e encaminharam os corpos ao IML para um estudo mais detalhado e posteriormente entregar aos seus familiares.

As três execuções aconteceram em menos de uma hora de diferença e marcou a fronteira como uma das noites mais violentas do ano na região. No primeiro caso, os investigadores ainda se encontram sem pistas, enquanto o duplo homicídio poderia ter ocorrido em um ajuste de contas do crime organizado que atua na área, mas os investigadores não descartam nenhuma hipótese que será investigada pela Divisão de Homicídios e pela Direção de Investigações Criminais de Casos Puníveis da Polícia Nacional do Paraguai em Pedro Juan Caballero na fronteira com Ponta Porã.