Pistoleiro esquartejado era testemunha “protegida” da policia Argentina

O “advogado” de nacionalidade paraguaia Americo Ramírez Chaves, de 37 anos de idade, cujo corpo foi encontrado esquartejado na fronteira do Brasil com o Paraguai, mais precisamente entre as cidades de Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero (PY), seria pistoleiro e era testemunha protegida da Polícia da Argentina.

Segundo informações, Américo Ramírez Chaves, que tinha contra ele cinco passagens por homicídio e um mandado de prisão no Paraguai, foi sequestrado no Bairro Jardim Aurora, na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, na madrugada da última quarta-feira (22) e encontrado na mesma madrugada com os membros, pernas, braços e a cabeça separada do corpo.

Ele era testemunha protegida da Polícia da Argentina, pois seria um dos principais colaboradores contra o narcotráfico e teria denunciado um grupo de traficantes que atua na região de fronteira do Paraguai com a Argentina.

Americo Ramírez Chaves deveria ser levado na quinta-feira (23) à Argentina, mas acabou sendo sequestrado um dia antes e executado após ser torturado e executado supostamente por integrantes do crime organizado.

Segundo a mulher da vítima, um grupo de homens armados teria invadido a residência do casal durante a madrugada e, mesmo com os gritos de seu marido, nenhum vizinho saiu em sua ajuda e horas após foi encontrado repartido em vários sacos de lixo nas imediações do Aeroporto Internacional da cidade de Ponta Porã. Os criminosos estavam em duas caminhonetes, uma branca e outra cinza.

Investigadores do SIG que investigam o caso até o momento não obtiveram informações que possam identificar os autores, já que nesses casos a dificuldade e maior, pois o crime foi cometido em um país e o corpo aparece em outro, terminando por estancar as investigações.

A Polícia do Brasil ainda acredita disse que Americo Ramírez Chaves pode ter participado na morte a tiros de Ronny Chimenes Pavão, 42 anos, no último dia 14 em Ponta Porã. Ronny é o irmão mais novo do narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, 49 anos, que está preso no Grupo Especial de Polícia, em Assunção, na capital do Paraguai.

 Os assassinos cortaram o corpo em seis partes: cabeça, tronco, duas pernas e dois braços. À primeira vista, os agentes notaram que Americo Ramírez Chavez foi torturado antes de ser arrastado e esquartejado e seus restos mortais jogados na rua. De acordo com fontes, a vítima participou diretamente ou pelo menos sabia os meandros do assassinato do irmão mais novo de Jarvis Pavão.