Pistolagem não para na fronteira, faz duas novas vítimas e setembro já é mês mais violento do ano

A noite de ontem (30) foi a mais violenta na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul com mais duas execuções nas cidades de Capitán Bado (PY), que faz fronteira com Coronel Sapucaia (MS), e Ponta Porã (MS), que faz fronteira com Pedro Juan Caballero (PY).

Com essas duas mortes, o número de execuções na região chega a 86 somente neste ano, sendo 8 mortes em janeiro, 10 em fevereiro, 12 em março, 8 em abril, 7 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 11 em agosto e 16 em setembro. Na prática, os dois assassinatos fazem do mês de setembro o mais violento do ano na fronteira até o momento.

A primeira execução foi em Capitá Bado, onde Antonio Martinez, de 25 anos, foi morto a tiros por um pistoleiro ao ir receber o pagamento de um suposto trabalho em rua do Bairro Cristino Potrero. A namorada do rapaz, a brasileira Elaine Amarilla Fernandez, de 25 anos, também estava presente na hora da execução, mas não foi atingida.

Para a Polícia Nacional do Paraguai, ela contou que o namorado trabalhava com o plantio de maconha na região. Ele teria recebido uma ligação em que um homem pediu para que ele fosse até o endereço, receber o pagamento de um serviço que ele faria amanhã. Ao ir de moto ao local com a namorada, por volta das 18h15, ele se deparou com a dupla em uma outra motocicleta.

Em seguida um deles desceu da moto e atingiu a vítima com vários tiros de pistola calibre 9 mm. Antonio Martinez morreu na hora e a Polícia esteve no local, mas ainda não divulgou quantos tiros atingiram a vítima ou se já há alguma pista sobre o paradeiro dos criminosos.

Por volta das 20 horas, um homem morreu e uma mulher ficou ferida em um atentado a tiros ocorrido em Ponta Porã. O casal estava conversando dentro de um veículo no Bairro Kamel Saad, quando dois homens se aproximaram em uma motocicleta e abriram fogo. O rapaz morreu na hora, mas a mulher conseguiu fugir, mesmo estando ferida.

Com a ajuda de moradores ela foi encaminhada para o Hospital Regional de Ponta Porã. As identidades das vítimas ainda foram divulgadas, mas os policiais civis e militares estiveram no local do atentado, juntamente com a perícia técnica, mas ainda não há informações sobre o paradeiro dos criminosos. Também não se sabe quantos disparos atingiram o casal.