Pilantragem explícita: fisgado pela paixão e pelo sexo bem feito quase caiu no golpe do sequestro

Mais um caso de pilantragem explícita foi registrado pela Polícia de Mato Grosso do Sul. A velha máxima de que no amor e na guerra vale tudo foi utilizado por Angela Mamed, que forjou o próprio sequestro para tirar grana do marido Cleberson dos Santos Patrocínio.

 Após investigar o suposto sequestro de Angela, a Polícia desvendou todo o mistério e descobriu se tratar de mais uma golpe para extorquir o inocente esposo, que veio do Mato Grosso para trabalhar em Chapadão do Sul (MS).

 Nas investigações, os policiais civis descobriram que a mulher não foi sequestrada, sequer esteve em Campo Grande, armando toda a história para aplicar um golpe para tirar dinheiro do marido.

O delegado Alexandro Mendes de Araújo informou à imprensa que os agentes ligaram para a mãe de Angela, que mora em Manaus (AM), e a mulher se mostrou surpresa com a notícia de sequestro. “Ela disse que a filha estava em casa, super bem”, explicou.

O caso foi denunciado por Cleberson dos Santos Patrocínio, que se apresentou à Polícia como marido de Angela. Agora, a dúvida está em saber se as mensagens que chegaram ao celular do esposo, dizendo que a mulher estava em cárcere privado, foram enviadas por ela ou outra pessoa que tinha a intenção de extorqui-lo.

 “Tudo indica que tenha sido ela, porque foram enviadas fotos e muitas mensagens, mas precisamos comprovar isso para encerrar o caso”, explicou o delegado.

Entenda o caso

O desaparecimento de Angela chegou à Polícia na manhã de sexta-feira, após denúncia de Cleberson de que ela teria sumido na quinta-feira (13), logo após chegar ao Aeroporto Internacional de Campo Grande.

Fotos com roupas sujas, chorando e ainda uma ligação dizendo “estou com sua mulher aqui e não vamos liberá-la” foram as últimas notícias que ele teve sobre a esposa.

 Segundo o boletim de ocorrência, Angela teria ligado para o marido dizendo que tinha chegado à Capital e pegaria um táxi para ir até a rodoviária e depois seguir para Chapadão do Sul, onde ele mora.

 Contudo, em seguida seu marido teria recebido uma ligação, as fotos e ainda mensagens por meio do WhatsApp em que os sequestradores pediam dinheiro pelo resgate da vítima, já que tinham usado todo o seu limite do cartão de crédito.

 O que chamou a atenção, conforme o registro policial, é que na conversa do aplicativo, os sequestradores diziam que liberaram Angela na Rua Alcântara Machado, em Campo Grande, mas ela não apareceu.

 Cleberson contou que vivia uma agonia desde que a esposa havia sumido. “Estou preocupado, porque eles ligam e ela fica chorando, pede pelo amor Deus para eu tirar ela de lá”, disse.

 O rapaz disse que conheceu a mulher há cerca de nove meses, pela internet. Ele morava no Mato Grosso e ela no Amazonas, mas se viam frequentemente.

Antes de vir trabalhar em uma madeireira em Mato Grosso do Sul, há cerca seis meses, eles teriam passado dois meses juntos e decidido se casar. “Ela queria vir para cá e eu disse que podia, não imaginei que ia acontecer isso”, afirmou Cleberson.

 O caso passou a ser investigado por equipes da Polícia Civil de Chapadão do Sul e do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros),  em Campo Grande, que acabaram descobrindo a verdade.

 Caso a polícia confirme a participação da mulher na simulação de sequestro, Angela pode responder por falso crime e ainda pela tentativa de extorsão ao marido.