Pilantragem explícita? Cerca de 10% dos servidores da Saúde estão de “atestado médico”. Isso pode?

Uma reportagem publicada pelo Jornal Correio do Estado nesta sexta-feira (1º) revela uma estarrecedora informação: 10% dos servidores da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) estão afastados do serviço por problemas de saúde. Essa quantidade de afastamentos fez com que a Sesau cria-se uma resolução para avaliação da autenticidade de atestado e declaração de comparecimento, no âmbito da Pasta.

Há casos de documentos falsos e, para dar mais segurança, foi criada a nova normativa. Com um formulário padronizado que avalia a autenticidade do documento, esperasse diminuir e acabar com os casos de irregularidades. Pior que o problema não é só da Sesau, pois há outras secretarias municipais com excesso de servidores sem trabalhar graças a atestados médicos, muitas vezes, irregulares.

As secretarias municipais de Saúde e a Educação são os maiores problemas de atestados e, em ambas, há pelo menos 700 servidores afastados. A maioria por depressão ou síndrome de burnout. Agora, a Sesau quer dar maior fluxo ao RH e uma garantia ao setor, pois, antigamente, o servidor dava o atestado na unidade que não tinha controle e, com essa resolução, esses locais terão ponto eletrônico, controlando a presença do servidor.

De um total de 143 unidades de saúde, 54 já tem o equipamento e a intenção da Sesau é cobrir todos esses locais até o fim do ano. Apenas dessa forma, a farra dos atestados médicos vai acabar, afinal, Campo Grande já estava deixando de ser a Capital Morena para ser a Capital dos Atestados Médicos.