PF investiga corrupção em Corumbá e visita imóvel de ex-prefeito. Já ele diz que está fora dessa

Após a Polícia Federal e a CGU (Controladoria-Geral da União) deflagrarem nesta quarta-feira (12) a “Operação Independência” para investigar irregularidades em contrato que revitalizou a Praça da Independência, no município de Corumbá (MS), durante a gestão do ex-prefeito Paulo Duarte (MDB), o político encaminhou, para a imprensa, nota oficial em que nega envolvimento e garante não ser alvo das investigações.

Segundo Paulo Duarte, além de não ser alva da operação policial, também não é investigado e não “tem conhecimento, muito menos acesso ao processo investigatório”. Ele também pontuou que, pelo que foi divulgado, as situações investigadas ocorreram há 7 anos. “Aguardo, de forma tranquila e serena, o desenrolar dos procedimentos e espero que os esclarecimentos necessários ocorram o mais rápido possível”, conclui a nota.

No entanto, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão no residencial Edifício Grand Palais, que fica na Rua Antônio Maria Coelho, onde o ex-prefeito tem um imóvel em Campo Grande (MS) e chegou a sair com um malote cheio de documentos. De acordo com a PF, 35 policiais federais, além de servidores da CGU, cumpriram 8 mandados de busca e apreensão na casa de empresários e funcionários públicos da Prefeitura Municipal de Corumbá vinculados à administração dos anos de 2013 a 2016, quando Paulo Duarte era prefeito.

As investigações apontam que o grupo criminoso teria sido favorecido na celebração do procedimento licitatório, além de não ter entregue, ou ter entregue apenas em parte, a obra de reforma da Praça Independência, na cidade de Corumbá. Os mandados expedidos pela Justiça Federal em Corumbá buscam reforçar os indícios de corrupção identificados até agora e individualizar a conduta de cada agente.

Segundo a PF, investigados poderão responder pelos crimes de peculato (artigo 312, caput, segunda parte, do código penal) e frustração do caráter competitivo do processo licitatório (art. 90, da Lei nº 8.666/93). O nome da operação faz referência ao Praça da Independência, objeto urbano centenário localizado no centro da cidade de Corumbá e que representa um ícone no paisagismo e na história da cidade.

Confira a nota na íntegra:

Em relação à operação Independência deflagrada pela PF/CGU no dia de hoje, esclareço inicialmente que não sou alvo, nem investigado, na referida operação. Não tenho conhecimento, muito menos acesso, ao processo investigatório.

Pelo que foi divulgado, as situações investigadas ocorreram há 7 (sete) anos.

Aguardo, de forma tranquila e serena, o desenrolar dos procedimentos e espero que os esclarecimentos necessários ocorram o mais rápido possível.

Paulo Duarte

12/05/2021